Matutuine exporta macadâmia para a Europa

ECONOMIA

Apesar da fraca precipitação que se regista nos últimos anos, a Província de Maputo tem vindo a registar uma ligeira melhoria em termos de produção, mercê da introdução de novas tecnologia e variedades melhoradas de culturas de rendimento. Com efeito, a província incrementou o volume de exportações de produtos agrícolas e os produtores locais estão a “furar” mercados mais exigentes a nível nacional.

A informação foi revelada recentemente, ao Correio da Matola, pela chefe dos Serviços Provinciais de Agricultura, Carla Albino que mostra-se satisfeita com a evolução do sector da agricultura neste ponto do país.

Para além da banana que é um produto tradicional de exportação, a província de Maputo exporta actualmente outro tipo de produtos como são os casos de manga, papaia, litchi, piri-piri, macadâmia e outros produtos, produzidos essencialmente nos distritos de Marracuene, Moamba, Boane, Matutuine e Namaacha.

Das referidas culturas, a macadâmia, que é exportada para a Europa, é considerada emergente e uma das principais apostas do sector da agricultura no país. Aliás, foi mesmo para enquadrar esta cultura e outras que o governo recentemente extinguiu o Instituto do Cajú e criou o Instituto das Amêndoas.

“Isso mostra que o governo está a dar maior importância a este tipo de culturas, que são de exportação e que podem trazer muita renda para os produtores e divisas para o país”, sublinhou Clara.   

Aposta no agro-processamento está a acrescentar valor

A par disso, a Província de Maputo tem vindo a impulsionar o agro processamento como forma de acrescentar valor aos produtos nacionais, gerando mais lucro e reduzindo a dependencia externa, em termos de produtos acabados.

Neste momento, entre os produtos que estão a ser processados internamente à escala industrial na província de Maputo, para além da cana-de-açucar, destaca-se a banana, papaia e uma vasta variedade de hortículas  frutas bastante abundantes nos oito distritos da província.

“Já está a se verificar muito processamento nas ortículas, porque a muito tempo quando se produzia podia se fazer um monte e depois se enchia as caixas, mas agora as caixas já são divididas em classes, por exemplo, é possível ter tomate de primeira, de segunda e de terceira. Portanto, os produtores no próprio campo já selecionam o produto em função da qualidade”, destaca Carla.

Segundo a nossa fonte, alguns produtores comerciais emergentes já embalam os produtos, colocam rótulos e fazem entrega em mercados exigentes e grandes supermercados, restaurantes e hoteis nas cidades de Maputo, Matola e noutros cantos da província.

A necessidade de satisfazer mercados mais exigentes a nível nacional, está a trazer um outro grande ganho aos produtores nacionais, que para além da competitividade, viram-se obrigados a investirem mais em tecnologias.

Com efeito, neste momento, a Província de Maputo conta com um total de 98 sombrites de estufas que permitem produzir produtos de qualidade superior e variedades que são apreciadas em supermercados, mercados e restaurantes.

“Essas variedades são aquelas que são produzidas localmente, colocadas naqueles pratos e a pessoas pensam que vem da África do Sul”, destacou Carla.

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