Depois de quase cinco anos paralisado, o projecto da cidadela da Matola, no centro do município com mesmo nome, volta a ganhar novo ímpeto com garantia da retoma das obras no próximo ano. Composta por apartamentos, centro comercial, hotéis, clínicas, restaurantes, museus, empreendimentos para desporto e diversão, a infra-estrutura está avaliada em 400 milhões de dólares.
A garantia da retoma de um dos mais ambiciosos projectos arquitectónicos do país e da província de Maputo, em particular, foi dada ao governador desta província, Júlio Parruque, pelos respectivos gestores durante a XII Sessão Ordinária do Conselho Executivo Provincial.
Trata-se da segunda fase de implantação do projecto cuja previsão dos investimentos a serem realizados na construção e funcionamento da Cidadela da Matola situam-se entre 250 milhōes e 400 milhōes de dólares, segundo Lúcio Sumbana e Valerito Pachinuapa, administradores do mesmo.
Nesta segunda fase, que iniciará, provavelmente, na primeira metade de 2021, será privilegiada a construção de infra-estruturas que darão espaço a alguns serviços básicos, visando responder os desafios decorrentes do crescimento exponencial da urbe, ou seja, um centro comercial regional (mall), escritórios, zonas residenciais, clínica e centro de saúde, restaurantes, lojas, parques e zonas verdes, hoteis, áreas de lazer e um recinto governamental para serviços públicos.
Segundo Lúcio Sumbana, aquele empreendimento para além de emprestar uma nova imagem à capital da Província de Maputo, irá dinamizar o turismo e a economia deste ponto do país através da cadeia de valor prevista.
Antes da paralisação decorria a primeira fase do projecto que incidiu basicamente no parcelamento, construção de vias de acesso, bem como da infra-estrutura subterrânea para a gestão de resíduos e escoamento de águas pluviais, onde foram aplicados mais de 34 milhões de dólares.
O período de paragem segundo os gestores do projecto deveu-se a necessidade de reformulação do investimento entre os parceiros nacionais e estrangeiros, particularmente da África do Sul.
Garantidos mais de oito mil empregos
Após ouvir atentamente a apresentação do projecto, o Conselho Executivo Provincial encorrajou os gestores da Cidadela da Matola a prosseguirem com o seu trabalho e buscarem mais parcerias para ajudarem a desenvolver este projecto com vista a galvanizarem o desenvolvimento da província e da cidade da Matola, em particular.
Aliás, o executivo de Júlio Parruque mostrou-se encorajado com a garantia de geração de mais de oito mil empregos, o que, segundo ele, poderá dinamizar o desenvolvimento da urbe e a economia.
O Governador da Província de Maputo, Júlio Parruque, afirmou que os dados partilhados são reveladores de que, afinal, o projecto da Cidadela da Matola não morreu.
Na ocasião, o governante encorajou os gestores do empreendimento a prosseguir, com vista à sua concretização e deixou várias recomendações, dentre as quais a necessidade de considerarem a construção de edifícios de alto padrão, que condizem com a dimensão da província detentora do maior Parque Industrial do país.
Refira-se que o projecto ambicioso, uma iniciativa conjunta de empresários sul-africanos e moçambicanos, e está localizado no centro das avenidas União Africana, da Namaacha e do Zimbabwe, e rua da Rádio, espaço do antigo centro emissor da Rádio Moçambique.
Neste estabelecimento prevêem-se várias lojas com mais de 50 por cento de marcas internacionais, vindas da Europa, bem como da África do Sul e Médio Oriente.
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