Ministro de Saúde é o primeiro moçambicano vacinado contra Covid-19

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Iniciou, esta segunda-feira, no País, a primeira fase da vacinação contra a Covid-19, com a administração da primeira dose, processo que se vai estender até Sexta-feira. O ministro de Saúde, Armindo Tiago, foi o primeiro moçambicano a ser imunizado contra Covid-19, num válido esforço de incentivar à população abrangida nesta primeira fase a aderir à campanha. No mesmo dia do lançamento, arrancou a vacinação de idosos que se encontram abrigados em lares. No mesmo dia em que inicia a vacinação, o País recebeu mais 484 mil doses da vacina, contra Covid-19, 100 mil doados pela Índia e 384 mil do mecanismo Covax.

A vacina é administrada por injecção intramuscular, na parte superior do braço, em duas doses, com um intervalo de 21 dias. A SARS-CoV-2 Vaccine (Vero Cell) inactivada, que é assumida pelo Ministério de Saúde como medida complementar de prevenção e combate à Covid-19, tem uma eficácia de 79.3 porcento contra doença sintomática e 100 por cento contra doença moderada a grave.

O lançamento da companha de vacinação contra Covid-19 decorreu na cidade de Maputo, três dias depois do lançamento do Plano Nacional de Vacinação contra Covid 19. Nesta primeira fase, serão abrangidos os profissionais de saúde, idosos vivendo em lares de terceira idade, trabalhadores dos lares, doentes com diabetes e membros das Forças de Defesa e Segurança (FDS).

Em termos de números, na primeira fase está prevista a imunização de 65 mil profissionais da saúde, devendo ser alcançada a meta de quase 17 milhões, durante as três fases, excluindo mulheres grávidas e menores de 15 anos de idade.

No lançamento do Plano Nacional de Vacinação, Sexta-feira, o Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, alertou a sociedade para que esteja vigilante em relação a boatos e desinformação que possam surgir à volta da eficácia da vacina.

A par do mesmo discurso, Armindo Tiago, resolveu lançar um gesto de estímulo, colocando-se como o primeiro moçambicano a ser vacinado contra a Covid-19, durante o lançamento da campanha da vacinação.

Depois de lançada a campanha, o País recebeu um total de 485 mil doses da vacina contra a Covid-19, no quadro dos esforços de imunização de mais grupos de risco de contágio pela doença.

Armindo Tiago explicou que a sua vacinação está inserida na qualidade de profissional da saúde, grupo definido como prioritário no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19.

“Este acto, que pode parecer simbólico, é para nós de grande importância. Com ele pretendemos transmitir a fiabilidade do processo encabeçado pelo Governo através do Sector da Saúde, para que todos nós, profissionais de Saúde e sociedade em geral, confiemos no mesmo”, disse o governante, para mais adiante argumentar que a escolha dos profissionais de saúde como prioritários, no primeiro grupo estabelecido no Plano Nacional de Vacinação, deve-se ao facto de terem um risco elevado de contrair a infecção pelo novo Coronavírus.

No entanto, contas feitas, “nas 200.000 doses de vacina até então recebidas, concluímos que podemos vacinar, nas duas doses, todos os profissionais de Saúde elegíveis e, nesta fase, incluiremos parte dos outros grupos considerados prioritários”.

Sobe para 684 mil o número total de doses da vacina disponíveis no País

A nota de imprensa enviada pelo Gabinete de Imprensa do Primeiro-ministro, que anunciava o acto, refere que o primeiro lote no âmbito da iniciativa da Covax é constituído por 384 mil doses, sendo que, no total, o País se beneficiará de 12.332.897 doses para imunizar 6.166.449 pessoas, equivalentes a 20 por cento da população nacional.

As 384 mil doses já disponibilizadas pela iniciativa Covax correspondem a apenas 3.1 porcento da meta estabelecida e ainda não há clareza do horizonte temporal que este processo irá levar até que a última dose chegue em solo pátrio.

Covax é um programa criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) junto com as entidades filantrópicas para ampliar a distribuição dos imunizantes para a Covid-19 e garantir que nações de baixa renda não fiquem de fora.

Além destes, o Primeiro-ministro, em nome do Governo, recebeu 100 mil doses da Vacina Covishield, fabricada pela Farmacêutica SerumInstituteof India Total. As referidas doses constituem um donativo do Governo indiano. Entretanto, a nota não avança detalhes sobre a vacina, sabendo-se, porém, que foi desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com o laboratório AstraZeneca.

Assim, com a chegada das 484 mil doses da vacina contra Covid-19, sobe para 684 mil, o número total de doses da vacina contra a Covid-19 já disponíveis no País. Lembre-se que, no passado dia 24, o Governo moçambicano recebeu, do executivo chinês, 200 mil doses da vacina produzida pela farmacêutica chinesa Sinopharm, que têm uma eficácia de 79,3 por cento.

A questão da eficácia tem dominado assuntos nós órgão de comunicação social e redes sociais, chegando a ponto de confundir a opinião pública. As autoridades de Saúde não têm mostrado abertura para falar dos possíveis efeitos das vacinas, muito menos partilha informações a respeito do assunto, abrindo espaço para a desinformação que reina nas redes sociais.

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