Na sequência da derrota (1 a 0) frente a selecção de Cabo Verde que, mais uma vez, afastou Moçambique do Campeonato Africano das Nações em Futebol, a Federação Moçambicana de Futebol decidiu rescindir contrato com Luís Gonçalves e toda a sua equipa técnica.
No final da partida que carimbou o passaporte dos cabo – verdianos para o CAN, Luís Gonçalves mandou uma mensagem forte para a instituição que chancela o futebol em Moçambique.
“Lamentamos muito, demos o nosso melhor, queríamos vencer o jogo, criamos muitas oportunidades de golo para vencer, sofremos um golo de bola parada que até foi por autogolo, mas criamos oportunidades suficientes para marcar, demos o máximo terminamos o jogo com três avançados, não foi possível…temos que fazer uma reflexão, penso que o futebol moçambicano tem que se reorganizar, não estou agora a arranjar desculpas, mas se olharmos para o jogo veremos que o guarda-redes de Cabo Verde fez imensas defesas, não foi possível”, disse Goncalves para posteriormente acrescentar que “o povo moçambicano deve ser realista em relação a selecção nacional, deve ser realista”.
Estas declarações não agradaram a estrutura da Federação Moçambicana de Futebol que avançou com a rescisão do contrato com o técnico luso que já pensava na fase grupos de qualificação para o Mundial Qatar-2022.
De lembrar que Luís Gonçalves foi contratado para ocupar o lugar de Abel Xavier, técnico luso – moçambicano que também não conseguiu levar os Mambas ao CAN, mas não conseguiu fazer melhor que o seu mestre, uma vez que era adjunto do “loirinho” quando este era timoneiro do combinado nacional.