O Secretário de Estado em Cabo Delgado, Armando Ngunga, mostrou-se preocupado com a movimentação de pessoas que fogem da insegurança nas zonas atacadas pelos insurgentes, temendo que os terroristas estejam infiltrados entre as vítimas.
Com vista a precaver-se de ter terroristas infiltrados entre os deslocados, Armindo Ngunga chama atenção aos responsáveis pelo desembarque das pessoas que foram atacados pelos insurgentes. “Isto aqui é guerra. Estes aviões de barcos trazem pessoas vítimas, mas também podem trazer pessoas que estavam no outro lado, podem trazer terroristas”, sublinhou.
O Secretário de Estado da província de Cabo Delgado observa que atenção deve estar redobrada “é preciso passar a pente fino, revistar. Não pode falhar nada, senão estaremos aqui a acomodar terroristas. Os nossos homens de defesa e segurança devem fazer o seu trabalho e é melhor deixá-los fazerem”
Face a emboscada dos insurgentes, Armindo Nuvunga convocou uma reunião de emergência, nesta terça-feira, 30 de Março, com as agências humanitárias que operam na província para discutir como lidar com a deterioração da crise.
“É necessário a imediata identificação daqueles grupos mais vulneráveis dentre aqueles que estão a fugir do conflito em Palma”, disse Eduardo Burmeistein, representante de uma agência humanitária.
Em Abril próximo, a Cruz Vermelha espera receber cerca de três mil kits, cada um composto por uma lona, dois cobertores, duas redes mosqueteiras, duas esteiras, duas barras de sabão, um balde e um conjunto de cozinha, para 3.000 famílias.
Reconhecendo o desvio de fundos que abunda em muitas instituições do Estado, o Secretário do Estado na província de Cabo Delgado, exigiu maior sincronia entre as organizações humanitárias e o Governo.
“Temos de definir os procedimentos para evitarmos congestionamento no porto, numa altura imprópria e, se calhar, de forma desnecessária. Há uns que podem intervir à chegada, outros podem intervir mais tarde, precisamos desse tipo de organização”, o secretário de Estado.