Olhando para o cenário de luto e dor que se vive na província nortenha de Cabo Delgado, a Organização da Sociedade Civil, Rede Mulheres Lideres, convida todas as mulheres moçambicanas, de Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Indico, para não festejarem o dia 07 Abril em solidariedade as mulheres que choram em Cabo Delgado.
“Quase metade da população de Cabo Delgado está deslocada e o ataque de Palma que vitimou também membros desta rede veio evidenciar como as populações sentem—se no abandono no processo de fuga, quando o número de deslocados ascende já ao milhão, sendo que a maioria são mulheres e crianças”.
A Rede Mulheres Lideres convida todas as mulheres a doarem as capulanas que haviam comprado para as celebrações do Dia da Mulher Moçambicana para as mulheres que estão nos campos de deslocados em Cabo Delgado e se vestirem de preto e branco para mostrarem que estão de luto perante a actual situação do país.
Se por um lado, aquela Organização da Sociedade Civil denuncia o aumento de número de violações contexto da pandemia, por outro, falou das mulheres da província de Nampula que comem capim para sobreviver
“O número de mulheres detidas, violadas, estupradas e violentadas incluindo àqueles que tem dever de protege-las no período da pandemia atingiu números assustadores… o Sustenta pouco sustenta e milhares de mulheres morrem de fome em Muecate, Monapo, Nacala – a – Velha, Chibuto, Chicualacuala, e outros distritos de Tete, Manica, Cabo Delgado chegam a consumir capim para sobreviver.
Se os Olímpicos arranquem nos próximos dias Moçambique só seria representado por atletas do sexo feminino. Apesar de terem logrado esse feito, na opinião da Rede Mulheres Líderes, as atletas tem tido pouca atenção na preparação e na mobilização da consciência nacional para o apoio.
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