Apesar da forte contestação dos partidos da oposição com assento na Assembleia da República sobre a inconstitucionalidade do Recolher Obrigatório, o Presidente da República voltou a mostrar que é um ditador. Na sua comunicação à Nação, nesta segunda-feira, 05 de Abril, Filipe Jacinto Nyusi anunciou o alargamento do Recolher Obrigatório, que já estava em vigor na região do Grande Maputo, para as restantes capitais provinciais do país.
Segundo Filipe Jacinto Nyusi, a segunda vaga da pandemia foi mais intensa do que a primeira, com registo cinco vezes mais de casos, seis vezes mais internamentos e sete vezes mais óbitos.
“As causas são atribuídas à nova variante. Em outras palavras, apesar de o número de casos estar a diminuir, a situação actual é mais grave do que a segunda vaga. Para se ter uma ideia, Moçambique apresenta 10 vezes mais casos do que na última semana de Dezembro. O número de óbitos duplicou em relação aos finais de Dezembro”.
Nyusi lembrou que o Governo decidiu reiniciar as aulas no passado dia 22 de Março, visto que os estudos científicos consideram que as crianças e os adolescentes têm menor risco de infecção. Por outro lado, o Presidente da República apelou à atenção redobrada por parte dos encarregados, funcionários e todos os intervenientes escolares.
As cidades de Xai-Xai, Inhambane, Beira, Chimoio, Tete, Quelimane, Nampula, Pemba e Lichinga entram na lista das cidades com Recolher Obrigatório, juntando-se às cidades de Maputo e Matola e aos distritos de Marracuene e Boane. Contudo, nos próximos 21 dias será entre as 22:00 horas e as 04:00 horas.
“Decidimos ajustar o horário do recolher obrigatório para facilitar que os trabalhadores dos estabelecimentos comerciais e de restauração, bem como os estudantes do ensino pós-laboral (ensino superior) possam ter acesso aos serviços de transporte público de passageiros e efectuar as respectivas ligações para chegar às suas casas”, afirmou.
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