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Banco de Moçambique injecta USD 60 milhões para lavar o metical

Numa semana em que o metical voltou a mostrar sinais de deterioração, partindo de 55 por unidade de dólar para 57, o Banco de Moçambique anunciou a disponibilização de pouco mais de 60 milhões de dólares, seis vezes acima do previsto no Mercado Cambial Interbancário.

Segundo alguns entendidos na matéria, esta estratégia do Banco de Moçambique, que em Abril havia anunciado uma injecção de USD 10 milhões, visa assegurar maior liquidez no mercado em dólar para evitar uma possível super desvalorização do metical

O anúncio da injecção dos USD 60 milhões foi anunciado pelo Banco de Moçambique, através de uma nota partilhada na passada sexta-feira, dia em que o dólar estava a ser transaccionado a 57 meticais.

A injecção dos USD 60 milhões adicionais vai decorrer nas próximas duas semanas e vai seguir um cronograma, pré-estabelecido e devidamente partilhado no mercado cambial nacional.

No dia 3 de Maio serão disponibilizados USD 15 milhões; no dia 5, o mercado cambial vai receber mais USD 10 milhões; no fecho da primeira semana, a 7 de Maio, serão injectados USD 10 milhões.

Na semana seguinte: no dia 10 de Maio, mais USD 10 milhões serão colocados no mercado; no dia 12 de Maio, outros USD 7 milhões e 500 mil dólares serão injectados; o ciclo de injecções fecha no dia 14 de Maio, com a colocação, no mercado cambial, de mais 7 milhões e 500 mil.

O Banco de Moçambique justifica que decidiu reforçar a sua intervenção no mercado com oferta de divisas com a necessidade de atender a demanda por liquidez em moeda estrangeira.

O Comunicado do regulador informa ainda que o Banco de Moçambique, ainda no mesmo período, continuará a comparticipar em até 10% do pagamento do valor das facturas de importação de combustíveis líquidos mediante apresentação de comprovativos.

Refira-se que, apesar da valorização do metical, que até o princípio da semana passada estava no topo das moedas mais valorizadas a nível global, chegando a impor uma transacção a 55 meticais por cada unidade de dólar, não teve reflexo ao nível dos preços, que continuaram altos.

 

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