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Instaladora (TechnipFMC) da infra-estrutura de recuperação de gás offshore abandona actividades

Tal como alertou o Evidências, há duas semanas, apesar da narrativa do Governo, segundo a qual o calendário do arranque da exploração de gás natural não está comprometido, eventos mostram que é inevitável o atraso não só do projecto da área 1, como também da área 4, liderado pela ExxonMobil e Eni, que nem sequer avançaram com a Decisão Final de Investimento (DFI).

Na referida análise avançamos que parte das suas operações offshore, neste caso, em alto mar, dependem grandemente de algumas infra-estruturas em terra, nomeadamente: Terminal Marítimo de Gás Natural Liquefeito (TMG-LNG) e de Instalação de Descarga de Materiais (Material Offloading Facility – MOF), que estão a ser construídas em estrita colaboração com a Total, em Afungi.

Na semana finda, o projecto da área 4, que Filipe Nyusi anunciou que irá anunciar a exploração dentro de um ano (2022), após o anúncio da chegada da Plataforma Flutuante do Coral Sul, foi bafejado com más notícias, que enterram, por essas alturas, as esperanças de o projecto avançar antes de se resolver a questão de segurança.

A TechnipFMC, gigante dos serviços petrolíferos franco-americanos, que estava a instalar uma infra-estrutura de recuperação de gás offshore no campo petrolífero de Coral para abastecer as instalações FLNG da ENI (que irá produzir 3,4 milhões de toneladas de LNG por ano), decidiu retirar todo o pessoal do local e seguiu o caminho da Total e suas subcontratadas.

Esta é a primeira grande empresa ligada ao projecto da área 4 a abandonar a região. Contrariamente à Total, até agora a ENI havia conseguido reter as suas empresas subcontratadas como a Schlumberger e a Baker Hughes,

O aviso formal da partida da TechnipFMC colheu de surpresa à multinacional italiana e colocou pressão sobre a operação encabeçada pela ENI, cuja unidade de FLNG que irá ser instalada na Área 4, está a ser construída na Coreia do Sul, tendo, a chegada às águas territoriais moçambicanas, sido prevista para Dezembro próximo.

O receio agora é que a decisão da TechnipFMC, que pode precipitar as outras a seguir o mesmo caminho, possa atrasar o início da produção, previsto para o segundo semestre do próximo ano. Neste momento, o pessoal da TechnipFMC foi desmobilizado para Maputo, à espera que a situação melhore em Palma. Entretanto, ao que tudo indica a cada dia a situação está a deteriorar-se.

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