Vila Municipal de Gorongosa celebra 58 anos de existência

SOCIEDADE

 

A Vila Municipal de Gorongosa, tornada autarquia desde 2009, celebra, hoje, 58 anos de existência, com grandes desafios, com destaque para a expansão do sistema de abastecimento de água e rede eléctrica, bem como alargamento da rede viária para estimular o desenvolvimento. Para marcar a efeméride, está prevista a inauguração e entrega de várias infra-estruturas por parte da edilidade, com destaque para o mercado grossista de Mapombwe, a estrada que dá acesso aos bairros Novo Mundo e Eduardo Mondlane, entre outras realizações.

Celebra-se, hoje, 18 de Março, o dia da Vila Municipal de Gorongosa, numa altura em que vários desafios conjunturais comprometem a execução de grandes projectos de investimento, devido à redução de receitas provenientes de actividades estruturantes como o Turismo, por conta das restrições impostas pela Covid-19.

Apesar dos avanços assinaláveis em vários domínios, tal como outros distritos, Gorongosa enfrenta grandes desafios, com destaque para os serviços sociais básicos, mas o edil daquela vila municipal, Sabete Elicha Morais faz questão de destacar uma série de esforços que estão em curso, com vista à resolução dos problemas que apoquentam os munícipes.

Morais destaca a inauguração de várias infra-estruturas como o mercado grossista de Mapombwe, entrega da estrada que dá acesso aos bairros Novo Mundo e Eduardo Mondlane, entrega da estrada que dá acesso à fábrica de café no Bairro de Mapombwe e entrega de uma Escola Comunitária que foi devastada pelo ciclone IDAI.

No entanto, Morais diz que a construção de estradas é dos principais desafios do município que dirige, devido à configuração do terreno que é montanhosa, estando por isso propenso à erosão, sempre que há chuvas frequentes.

Recitas comprometidas devido à Covid-19

 

O distrito de Gorongosa encontrava-se em franca recuperação da devastação causada pelo ciclone Idai e pelo cíclico conflito armado, quando a pandemia da Covid-19 veio ameaçar, uma vez mais, o desenvolvimento do distrito.

Fortemente dependente das receitas do turismo de safari e outras actividades que se viram comprometidas por causa da pandemia, Morais conta que o município vive completamente dependente das arrecadações de mercados e feiras, com vista à materialização dos seus projectos de desenvolvimento.

“A colecta diária de taxas aos vendedores informais e taxas mensais ou anuais aos vendedores formais tem sido a nossa fonte de receitas neste momento, para além da contribuição da fábrica de café no sector industrial”, lamentou Morais.

Mesmo assim, segundo Morais, a edilidade conta com a colaboração dos munícipes. “O processo de recolha de resíduos sólidos no município de Gorongosa ganhou uma outra dinâmica, com vários apoios na comunidade, com destaque para a Associação Bom Samaritano, que tem alocado dezenas de activistas para fazer face à demanda do lixo, visto que o município não dispunha de capacidade em termos de funcionários, para fazer face à recolha de resíduos a tempo recorde.

Depois de sucessivos anos no epicentro de cíclicos conflitos político-militares, o município de Gorongosa decidiu arrancar com o processo de urbanização, visando garantir melhor ordenamento de terra. Contudo, ainda queixa-se de um grande retrocesso na materialização deste desafio, visto que os refugiados dos ataques armados provenientes de várias zonas do distrito optam pela vila de Gorongosa como zona segura, o que faz surgir novos assentamentos desordenados, mas, mesmo assim, o conselho municipal já identificou novas zonas.

Tomas Vernijo, um dos munícipes que reside nesta vila autárquica há mais de 30 anos, destaca algumas realizações, nomeadamente, o alargamento da rede distribuição da água canalizada e expansão da rede eléctrica, como as grandes apostas que mudaram o rosto daquela vila municipal.

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