Na primeira quinzena do mês em curso, os deputados das três bancadas com assentos na Assembleia da República decidiram, por unanimidade, humilhar o povo em nome da imunidade, tendo criado revolta no seio da Sociedade Civil. O presidente do maior partido da oposição em Moçambique, Issufo Momade, declarou, na terça – feira (25 de Maio), que a Renamo vai debater a sua posição sobre uma proposta de lei que aprovou na generalidade.
Os deputados das três bancadas decidiram gozar do estatuto para humilhar o povo, tendo, por unanimidade, aprovado regalias absurdas como o “subsídio de atavio” ou de “sessão”, num pacote chamado estatuto dos agentes e funcionários parlamentares. Entretanto, segundo Issufo Momade, a Renamo pretende recuar na decisão, uma vez que o tema ainda será discutido internamente.
“Enquanto a população não concordar com qualquer aspeto, nós estamos com o povo. A bancada da RENAMO não aprovou na sua totalidade. Vai chegar à altura em que a bancada vai reunir-se e vai decidir o comportamento ao nível da Assembleia da República”, referiu.
Por entender que o estatuto dos funcionários parlamentares eram mordomia em tempos de crise, o Fórum de Monitoria do Orçamento (FMO), coligação de organizações não-governamentais moçambicanas, submeteu uma petição à Assembleia da República pedindo a revogação das renovas regalias dos deputados.
Por seu turno, um grupo de estudantes universitários saiu a rua para manifestar-se contra as mordomias dos deputados, mas acabou sendo dispensada pela polícia que entendeu que a manifestação era ilegal.
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