Conflito em Cabo Delgado continua a agravar-se – alertam as NU

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O conflito que desde 2017 assola a província de Cabo Delgado gerou uma crise humanitária sem precedentes. As Nações Unidas alertam que a situação que a situação na zona norte de Moçambique continua a agravar-se. No balanço dos primeiros seis meses do ano em curso, aquela organização intergovernamental, criada para promover a cooperação internacional, alerta para subfinanciamento crítico.

“O conflito continuou a crescer no primeiro semestre de 2021, impulsionando deslocações generalizadas e uma crise humanitária em rápido desenvolvimento”, alertou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) num resumo publicado na terça-feira.

O OCHA observa que as investidas dos insurgentes contra civis e inocentes fez aumentar de 172.000 para 732.000 entre Abril de 2020 e Abril do corrente ano. Aliás, aquela organização adianta que o ataque do dia 24 de Março fez mais de 67 mil deslocados.

Os números de pessoas que continuam a fugir das suas zonas de origem devido as ameaças dos ataques dos insurgentes tende a subir. Por sua vez, a O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados em Moçambique dá conta de que a situação em Palma continua instável, com tiroteios e casas incendiadas.

“Mais de 900.000 pessoas estão sob insegurança alimentar severa e as comunidades de acolhimento estão também a precisar urgentemente de abrigo, proteção e outros serviços”, refere a ACNUR

Se por um lado, os casos de malária tende a subir nos centros onde estão acomodados os deslocados. Por outro, a ACNUR acrescenta que a grave falta de financiamento está a dificultar a resposta humanitária.

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