Galp apoia-se na falta de segurança para suspender seus investimentos em Moçambique

DESTAQUE ECONOMIA

Depois do ataque do dia 24 de Março do ano em curso, a multinacional francesa Total suspendeu as actividades, tendo igualmente transferido o grosso do material para as Ilhas Mayotte. Recentemente, a Galp Energia, gigante portuguesa e parceira de um consórcio de gás liderado pela Exxon Mobil na Bacia do Rovuma, tornou público que não vai investir em centrais onshore naquele até que as autoridades garantam segurança e estabilidade social.

A decisão que foi avançada pelo presidente e director executivo da empresa, Andy Brown, é, diga-se, mais um duro golpe nas esperanças de Moçambique ser um dos maiores produtores de gás natural liquefeito (GNL) nos próximos anos, uma vez que em Abril a Total decidiu suspender as suas actividades devido a questões de segurança.

“Isso significa que, no momento, é muito difícil prever quando será o momento de investir. No ano passado, estávamos realmente a planear construir o Rovuma até 2025, mas agora não quero fazer uma promessa sobre o Rovuma e decepcionar o mercado novamente”, disse Brown.

Por seu turno, Todd Spilter, porta – voz da Exxon Mobil, declarou que o consórcio vai continuar a monitorizar os desenvolvimentos de segurança na região, tendo garantido que vai continuar a trabalhar com o Governo para que o projecto retorne o mais breve possível.

“O Governo tem de trabalhar com a população local para criar um ambiente de estabilidade e coesão social, bem como segurança, no terreno… e isso pode demorar algum tempo”.

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