Em 2018, a Assembleia da República aprovou a Lei que proíbe os casamentos prematuros. Volvidos dois anos, os números continuam a não ser excitantes. As províncias de Nampula, Cabo Delgado, Niassa e Manica continuam a liderar em termos de número. De acordo com dados oficiais, uma em cada duas crianças, ou seja, 48%, ainda estão neste tipo de relacionamento.
Olhando para o cenário do presente, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Veronica Macamo, reiterou urge a necessidade de se colocar um travão às Uniões Prematuras.
“Temos que trabalhar cada vez mais para acabar com este problema. Visitar crianças vítimas de uniões prematuras é uma experiência indescritível. Nas várias visitas que realizamos, só encontramos muita tristeza, dor e arrependimento”, disse Verónica Macamo
Por outro lado, a governante alerta deve haver um empenho com vista a evitar que crianças se tornem mães ainda em tenra idade. Segundo um estudo, volvidos dois anos desde a implementação da Lei de Prevenção e Combate às Uniões Prematuras, as províncias de Nampula, Cabo Delgado, Niassa e Manica continuam com o maior índice das uniões prematuras.
“A experiência mostra que não basta legislar. É importante que haja um programa, um plano e uma vontade profunda de materializarmos o nosso compromisso pelo bem-estar da criança e da rapariga moçambicana. Esta empreitada deve acontecer em todas as esferas e em todas as frentes” declarou a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.
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