- “Os terroristas estão numa situação dramática” garante Jaime Neto
Parece que a chegada das forças ruandesas no Teatro Operacional Norte (TON), em Cabo Delgado, veio dar um outro alento à bravura das Forças de Defesa e Segurança (FDS) no combate contra grupos armados que desde 2017 semeiam terror em alguns distritos da província que vai acolher o maior investimento directo estrangeiro em África, tornando-se numa das principais esperanças para alavancar a economia nacional. No seu primeiro balanço em Moçambique, o contingente ruandês tornou público que em quatro dias (24 a 28 de Julho) abateu 14 terroristas. Entretanto, o Ministro da Defesa, Jaime Neto, disse que os terroristas estão a ser fustigados em todas as frentes de combate no TON e que Ruanda apenas contou os soldados abatidos pelas suas tropas.
Na sua primeira comunicação oficial à nação, há dias, o Presidente da República, Filipe Nyusi, reiterou mais uma vez que as Forças de Defesa e Segurança é que vão comandar a intervenção militar estrangeira. No entanto, em apenas uma semana já há sinais claros de que o discurso pode não ter passado de mais uma letra morta.
Na semana passada, quando ninguém esperava, os ruandeses, que foram os primeiros a comunicar a sua vinda a Moçambique, levando o discurso do Chefe do Estado a reboque, voltaram a romper a tradição do silêncio sobre as operações militares e revelaram terem abatido 14 terroristas, em apenas quatro dias.
Os ruandeses deram indicações de estarem a ganhar terreno em pontos nevrálgicos como são os casos de Ouasse, um importante e estratégico entroncamento recuperado das mãos dos insurgentes.
Aliás, na sua comunicação assumiram terem sido atacados numa das suas posições, mas relatam somente um ferido, embora haja fontes que já falam de mortes nas hostes ruandesas.
Mais uma vez, na carroça dos que abraçam a comunicação e a transparência, o governo veio a terreiro, através do ministro da Defesa, Jaime Neto reclamar o seu protagonismo com um discurso triunfalista, garantido que os terroristas encontram-se numa situação dramática.
“O que devemos assegurar ao povo moçambicano é que os terroristas neste momento se encontram numa situação muito dramática, porque as operações estão a ser intensas e eles estão a ser fustigados”, disse Jaime Neto
Reagindo aos números tornados públicos pelas autoridades ruandesa, o titular da pasta da Defesa referiu que “não foi abatido apenas este número de terroristas. Trata-se do que foi contabilizado do lado do Ruanda, mas as nossas operações aéreas, assim como terrestres, têm estado a desenvolver um trabalho muito grande. É muito difícil estimar o número de terroristas abatidos, mas a verdade é que estão a sofrer muitas baixas”, concluiu Neto
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