Parece que a chegada dos militares ruandês no teatro das operações em Cabo Delgado foi sinônimo de avanço no “braço de ferro” contra os insurgentes que desde Outubro de 2017 passeavam a sua classe em alguns distritos da província de Cabo Delgado. A ofensiva conjunta entre as Forças de Defesa e Segurança e contingente ruandês culminou com a recuperação parcial de Mocímboa da Praia, distrito tido como base dos insurgentes.
Em Março de 2020, a Vila de Mocímboa da praia foi invadida e ocupada pelos grupos armados, tendo o ataque sido reivindicado pelo Estado Islâmico. Depois de 18 meses, as Forças de Defesa e Segurança, apoiadas pelos militares ruandeses, conseguiram recuperar o grosso das zonas daquele distrito.
Na operação conjunta, levada acabo, na terça – feira, 03 de Agosto, pelas forças moçambicanas e ruandesas, em Awasse e Diaca, foram recuperados e ocupadas principais posições dos grupos armados na vila de Mocímboa da Praia.
Na ofensiva foi apreendido diverso material bélico e vários militares do grupo armado foram abatidos. De acordo com Bernardino Rafael, que se encontra no teatro das operações, os militares nacionais e ruandês vão permanecer nas localidades recuperadas.
“A tendência é de melhorar cada vez mais naqueles pontos onde as Forças de Defesa e Segurança, em conjunto com as forças ruandesas, estão a conquistar”, disse Rafael para depois declarar para depois avançar que os terroristas vandalizaram várias infraestruturas, com destaque para a rede eléctrica, naquele ponto do país.
Refira-se que, segundo a ACLED, os ataques dos grupos armados já provocaram mais de 2800 mortes e mais de 800 mil deslocados.
Facebook Comments