Empresariado nacional “animado” com o avanço da força conjunta no teatro das operações

ECONOMIA POLÍTICA SOCIEDADE

O conflito militar que desde Outubro de 2017 tem semeado luto e dor na província de Cabo Delgado além de ter causado uma crise humanitária sem precedentes trouxe grandes prejuízos ao empresariado nacional que preparou-se para prestar serviços as multinacionais de oil & gas que estabeleceram os seus projectos naquele ponto do país. A insegurança na zona norte fez com que a Total abandonasse o seu projecto por tempo indeterminado. Entretanto, as acções da força conjunta, composta pelas FDS e pelos militares ruandeses, tem conseguido recuperar territórios que desde ano passado estavam na posse dos terroristas. Este avanço anima sobremaneira o empresariado nacional que se encontra no reino da incerteza devido a insegurança naquele ponto do país e pelas restrições para conter a propagação da covid-19.

De acordo com a avaliação feita pela CTA sobre os impactos dos ataques terroristas na zona norte do País, apurou-se que cerca de 288 empresas suspenderam as suas actividades nos distritos de Mocimboa da Praia e Palma, afectando um total de 23 mil postos de trabalho.“A CTA constatou que, devido à suspensão das actividades da TOTAL Energy na sequência do ataque terrorista do dia 24 de Março do presente ano, ao distrito de Palma, várias empresas foram significativamente afectadas, sobretudo aquelas que se encontravam envolvidas directa ou indirectamente neste projecto por via de contractos de fornecimento de bens e serviços à TOTAL Energy ou às suas contratadas”.

Olhando para os prejuízos resultantes da paralisação das actividades da Total devido ao cenário da insegurança, a Confederação das Associações Econômicas de Moçambique avança que foram suspensas actividades de fornecimento de mercadorias num valor a rondar os 35 milhões de dólares, sendo que um volume de 43,6 milhões de meticais já estava na posse das empresas nacionais.

Entretanto, a agremiação presidida por Agostinho Vuma mostrou-se animada com informações que dão conta da recuperação da Vila de Mocímboa da Praia, que era tido como o quartel – general dos insurgentes.

“Com as informações mais recentes veiculadas pelo Governo, que dão conta de que as Forças Armadas recuperaram o controlo das vilas de Palma e Mocímboa da Praia, que anteriormente encontravam-se sob controlo dos terroristas, perspectiva-se um quadro
relativamente melhor nos próximos dias. Isto é, estes últimos desenvolvimentos constituem uma lufada de ar fresco para as perspectivas empresariais de forma particular, e económicas do País Recuperação das Vilas de Mocímboa da Praia e Palma”.

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