A Cidade da Beira celebrou, na passada sexta feira, 114 anos depois da elevação à categoria de cidade, uma efeméride assinalada, pela primeira vez, nos últimos 17 anos, sem Daviz Simango.
A pandemia da Covid-19, o deficiente ordenamento territorial, disputas de terra, gestão dos resíduos sólidos, construção e reabilitação de infra-estruturas sociais básicas como é o caso de estradas, são alguns dos desafios com que o Conselho Autárquico da Beira ainda se debate.
Segundo o presidente da autarquia, Albano Carige, os 114 anos de elevação à categoria de cidade são de grande resiliência dos beirenses perante as adversidades e desafios de vária ordem que tem atravessado.
O Edil sublinhou que o seu executivo está a esforçar-se com vista a melhorar paulatinamente a vida dos munícipes, que é o grande legado deixado pelo saudoso edil Daviz Simango.
Carige, que falava na praça do Município, durante a cerimónia de deposição de flores, disse que para que a Beira continue a ser o que é hoje, precisa continuar a ser unida e saber conviver com os fenómenos naturais.
“Apelamos à colaboração dos munícipes, não ocupando as zonas de risco, as valas de drenagem, os traçados que poderão originar zonas completamente desordenadas, porque só assim continuaremos a lutar na busca de investimentos, através dos nossos parceiros nacionais e internacionais”, sublinhou Carige.
Na ocasião, destacou que a edificação do maior parque de infra-estruturas verdes da África Austral naquela cidade é o exemplo de transformação das áreas de riscos em locais verdadeiramente turísticos, o que consciencializa a cada um dos munícipes a pautar pelo aumento da resiliência, aceitando a convivência na diversidade dos ecossistemas.
“Gostaríamos de informar, desde já, que o projecto de requalificação da zona do Goto já está a um passo bastante avançado. Tínhamos 60 milhões de euros para projecto de protecção costeira até o mês de Março do ano corrente”, assegurou o edil, acrescentando que conseguiu mais 15 milhões de euros através dos laços com os parceiros internacionais provenientes da Embaixada de Alemanha.
Por outro lado, aquele governante sublinhou a existência de adendas para execução do projecto das 25 mil casas onde serão edificados 400 apartamentos nos três hectares já infra-estruturados.
Na ocasião, mostrou-se também optimista em relação ao arranque das obras do projecto de construção da segunda bacia de águas pluviais na zona do Estoril, embora, neste momento, o grande desafio que a edilidade enfrenta seja a atracção de investimentos e criação de emprego, dois grandes desafios, que, segundo Carige, estão no centro das suas prioridades.
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