O arguido Teófilo Nhangumele (a ser ouvido amanhã) apesar de não ser funcionário do Estado e não ter nenhuma relação com o Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), está envolvido desde a elaboração dos estudos à fase de concepção do Projecto do Sistema Integrado de Monitoria e de Proteção (SIMP).
Quando questionado como é que Teófilo Nhangumele passou a fazer parte do projecto, o co-réu Cipriano Mutota, antigo director do departamento de Estudos e Projectos do SISE, disse que não tinha autorização para falar.
“Não tenho autorização para falar. Tinha que pedir autorização para dizer. Esta pergunta me persegue desde a PGR”, comentou Mutota, na sessão que marca o segundo dia do julgamento do maior caso de corrupção de Moçambique independente.
Apesar de ser seu amigo desde a escola e ter assumido ter lhe convidado, como intérprete, para ir à reunião onde conheceu Jean Boustani, jura de pés juntos não saber quem colocou Nhangumele como focal point entre a parte moçambicana e o grupo Privinvest.
Mutota disse igualmente que não sabe quem fixou o valor de 50 milhões de dólares referentes a taxa de sucesso, que se acresceu aos 302 milhões de dólares que era o valor real do Sistema Integrado de Monitoria e de Proteção (SIMP) costeira.
Entretanto, confirmou ter recebido bens em valor não especificado e dinheiro transferido para sua conta bancária na ordem de USD 656 417. Sobre como o gastou Mutota disse que “fui levantando aos poucos e gastando”.
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