Dugongo reajusta preço e reitera que cimento nunca estará acima de 300 meticais

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Em Junho, as empresas Limak Cement Factory, Cimento Nacional, Royal Cement, Adil Cement, Suneia Cement e Africa Cement Factory enviaram uma carta ao Ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, acusando a empresa Dugongo Cimentos de estar a violar a Lei de Concorrência, uma vez que com entrada em cena da nova fábrica, localizada no distrito de Matituine, província de Maputo, o preço do cimento registou uma queda acentuada. No primeiro dia Setembro corrente, a Dugongo, apoiando-se do preço das matérias, decidiu reajustar o preço do cimento. Contudo, o PCA Victor Timóteo reiterou que o cimento nunca estará a cima de 300 meticais.

Foi através de uma nota tornada pública no dia 29 de Agosto que Dugongo SA anunciou que o preço de cimento seria agravado a partir do dia 01 de Setembro.  A empresa liderada por Vitor Timóteo, que também é PCA da Movitel, avançou que o reajuste deve-se ao aumento do frete marítimo, os preços das matérias – primas que, por sua vez, resultam nos custos de produção.

Ainda de acordo com a nota que o Evidencias teve acesso, o cimento de 32,5 sofreu um ajuste de 15 meticais e 300 meticais. Apesar da mudança do preço, a Dugongo garantiu que a retribuir o voto de confiança dos moçambicanos.

“Pedimos desculpas pelos transtornos causados pela mudança de preço. Ao mesmo tempo continuaremos a retribuir a confiança e o apoio dos nossos clientes com produção de alta qualidade e serviços excelentes”, escreveu a firma.

O reajuste do preço acontece três meses depois da Dugongo ter sido acusado pelas empresas que controlavam o sector nos últimos. Vitor Timóteo afastou a ideia de estar a ceder à pressão das empresas que enviaram uma carta ao ministro da indústria e Comercio, tendo reiterado que o cimento nunca estará acima de 300 meticais.

“Quando entramos no mercado o dólar estava a 55 meticais e 64 meticais. Nós importamos o carvão que subiu cerca de 40 dólares por tonelada, mas a coisa importante é que o nosso cimento nunca estará acima 100 dólares por tonelada e um saco de 50 quilogramas será sempre vendido abaixou de 300 meticais”, garantiu Timóteo.

No sétimo mês do ano em curso, na sua intervenção no Briefing Econômico organizado pela Confederação das Associações Econômicas de Moçambique (CTA), o PCA da Dugongo declarou que a sua firma não veio para desestabilizar o mercado.

“A Moçambique Dugongo Cimentos não veio para desestabilizar o mercado de cimento em Moçambique, muito pelo contrário, nós queremos contribuir para ajudar as outras empresas a reduzirem as suas importações em matéria-prima, porque, para além de cimento produzimos clínquer, que é a principal matéria-prima do cimento. Se, por um lado, são nossos concorrentes e, por outro, são nossos clientes, nós nunca racionalmente podíamos fazer uma campanha de acabar com os nossos próprios clientes”, afirmou o Víctor Timóteo, tendo lembrando que as empresas que reclamam de concorrência desleal são também seus clientes

“As outras empresas são nossos concorrentes, mas ao mesmo tempo são nossos clientes. Podemos vender clinquer a estas empresas, por isso, não faria sentido matar os nossos próprios clientes”.

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