O alto executivo do Grupo Privinvest, no centro dos subornos a altas individualidades moçambicanas no âmbito das dívidas ocultas, Jean Boustani acusa a Procuradoria Geral da República (PGR) moçambicana de não estar a colaborar com as autoridades libanesas. Igualmente acusou a Procuradoria Geral da República (PGR) de falta de credibilidade e de conduzir este processo com motivações políticas.
Segundo o franco-libanês, depois de o ter constituído arguido e ter solicitado a colaboração das autoridade do Líbano, o Ministério Público de Mocambique, dirigido por Biatriz Buchili, não respondeu, até a presente data, à demanda oficial das autoridades daquele país para apresentar os detalhes das alegadas acusações contra o seu concidadão.
“Eu também solicito que a PGR responda a demanda oficial das autoridades Libanesas para apresentar os detalhes das alegadas acusações ao invés de se manter em silêncio até a presente data”, desafia Jean Boustani no comunicado assinado na última segunda-feira, em que se predispôs a depor como declarante, dispensando qualquer burocracia.
No seu comunicado divulgado esta terça-feira, Jean Boustani diz que à sua semelhança o testemunho de Filipe Nyusi é indispensável para “uma justiça transparente e justa” e confirma que está disponível e pronto a colaborar com a justiça moçambicana dispensando toda e qualquer burocracia, ou seja, sem que necessariamente a Procuradoria Geral da República precise enviar cartas rogatórias às autoridades libanesas, um processo que leva algum tempo.
“Eu estou disposto e pronto para comparecer à frente de Vossa Excelência Juiz Efigénio Baptista assim que possível por videoconferência, eis que qualquer processo burocrático proposto pela PGR pode consumir muito tempo e procedimentos e eu acredito que o meu testemunho (e de Vossa Excelência Presidente Filipe Nyusi) é crucial aos interesses de uma justiça transparente e justa”, escreve Jean Boustani, representado pelos seus advogados.
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