A chamada capital da zona norte tem se destacado pelas constantes agressões a jornalistas. Na última quinta – feira, 09 de Setembro, sete jornalistas foram agredidos por agentes da PRM no exercício das suas funções na na delegação provincial do Instituto Nacional de Acção Social (INAS) naquela parcela do país. O MISA Moçambique repudiou o excesso de zelo dos agentes da lei e ordem no seu modus operandi.
Os jornalistas Celestino Manuel, colaborador da Media Mais, Leonardo Gimo, da TV Sucesso, Edmilson Ibraimo, operador de câmara da TV Sucesso, Osvaldo Sitora, repórter de imagem da Afro TV, Alberto Júnior e Manuel Tadeu, da HAQ TV, e Emerson Joaquim jornalista da AFRO TV, foram detidos enquanto cobriam as manifestações de cidadãos que protestavam alegada falta de transparência do INAS no pagamento do subsídio básico para mitigação dos efeitos da COVID-19, na cidade e distrito de Nampula, tendo sido forçados a permanecer num compartimento da instituição pelos agentes da terceira esquadra como forma de impedir a cobertura do caso.
De acordo com relatos do Núcleo Provincial do Misa Moçambique, em Nampula, o jornalista Celestino Manuel, da Media Mais, ficou algemado durante 30 minutos e foi obrigado a ceder a sua maquina de filmagem aos agentes da PRM. Por seu turno, Celestino Manuel, Alberto Júnior e Manuel Tadeu dizem que foram violentados fisicamente pelos agentes da lei e ordem, quando tentaram recusar de eliminar algumas imagens da manifestação popular.
Os jornalistas só foram soltos após a intervenção do Misa junto do Comando da terceira esquadra da PRM, que repudia o acto de agressão e detenção de jornalistas e faz lembrar que nenhum jornalista deve ser impedido de aceder às fontes de informação e muito menos ser reprimido no exercício da sua profissão e recorda que o dever dos polícias é proteger e não deter e agredir jornalistas no exercício das suas funções, por isso irá tomar todas as providências para a responsabilização dos polícias envolvidos no caso. (Neila Sitoe)
Facebook Comments