Por forma a oferecer alivio às pessoas isoladas que não receberam ajuda humanitária de âgencias da ONU desde o início dos ataques armados em Palma, a Organização Internacional para as Migrações (OIM), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Programa Mundial para a Alimentação (PMA) prestaram hoje (23 de Setembro), ajuda humanitária a 2.150 famílias no distrito de Palma como parte de um plano de Resposta Conjunta.
Para Laura Tomm-Bonde, Chefe de missão da OIM, com os kits de abrigo, compostos por cobertores, utensílios de cozinha, esteiras de dormir, lonas, cordas e sacolas esperam reduzir o impacto sofrido pelos civis em Palma. “Com este acesso temporário, as equipes da OIM puderam realizar uma avaliação inicial sobre as necessidades actuais dos deslocados internos nessas áreas até então inacessíveis”, afirmou.
O transporte da carga humanitária e dos trabalhadores humanitários foi feito pelo serviço de logística humanitário do PMA, que envolveu barcos, camiões e a aeronave do Serviço Aéreo Humanitário da ONU (UNHAS), gerido pelo PMA. “Foi um incrível esforço humanitário conjunto das âgencias da ONU, o PMA, UNICEF e OIM em estreita coordenação com o Governo de Moçambique”, disse a Representante do PMA, Antonella D’Aprile.
Por seu turno, a Representante do UNICEF Maria Luísa Fornara frisou que, em situação de conflitos e deslocação, as pessoas mais vulneráveis que são mulheres e crianças precisam de apoio, e os kits de emergência irão prevenir doenças potencialmente fatais, melhorar o estado nutricional das crianças, e, em geral, permitir uma vida mais digna e segura.
De acordo com a OIM, desde 2017 mais de 730 mil pessoas foram deslocadas devido ao conflito em Cabo Delgado. E o plano de Resposta Conjunta aliviará temporariamente o sofrimento de milhares de pessoas deslocadas internamente em algumas das áreas mais afectadas.
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