Ao cabo de quatro jornadas, a selecção nacional de futebol ficou completamente arredada da luta por um lugar no Mundial2022. Horácio Goncalves, que havia contratado para renovar o combinado nacional, preteriu dos jogadores que num passado recente faziam parte da espinha dorsal dos Mambas, criando uma onda de indignação no seio dos jogadores mais experientes. Para recuperar o balneário, a Federação Moçambicana de Futebol viu-se obrigada a prescindir dos préstimos do técnico luso.
A propalada ideia da renovação nos Mambas pariu decepção. Horácio Gonçalves decidiu encostar Dominguez, Mexer, Edmilson, Jeitoso, Reginaldo Faite, Chico, Clésio, Telinho e Ratifo, tendo apostado em jogadores mais novos.
As ideias visionaram não trouxeram resultados palpáveis, tendo apenas criado um ambiente de cortar à faca no balneário da selecção nacional. Depois da derrota frente ao Malawi, Zainadine Júnior não escondeu o seu desagrado por ver jogadores que ainda estão dispostos a defender as cores da selecção nacional marginalizados.
A convocatória para o duplo compromisso com os Camarões foi a gota que fez transbordar o copo. Alguns jogadores foram chamados, mas inventaram desculpas para não serem orientados por Gonçalves.
Contra os leões indomáveis Moçambique fez o pleno, ou seja, averbou duas derrotas. Dias depois da partida realizada em Marrocos, casa emprestada aos Mambas, os capitães do combinado nacional solicitaram uma reunião (virtual) com a Federação Moçambicana de Futebol e com o Secretario do Estado de Desporto na qual mostraram o seu desagrado, tendo igualmente pedido o afastamento imediato do treinador.
A FMF obedeceu ao pedido de Dominguez, Mexer e Zainadine, tendo despachado Horácio Gonçalves, mas impôs que o próximo selecionador fosse um moçambicano, apresentando potenciais candidatos. Dos candidatos apresentados, os capitães escolheram Chiquinho Conde, antigo capitão da selecção nacional.
A apresentação oficial do antigo treinador dos sub-23 do Vitoria de Setúbal vai acontecer nos próximos dias, uma vez que o mesmo ainda está “preso” em Portugal por questões de ordem burocrática.
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