Arrancou, esta quinta-feira, em Maputo, o Festival Internacional de Poesia e Artes Performativas – Poetas D’Alma, que junta mais de 30 artistas – entre poetas e performers multidisciplinares de vários países dos quatro cantos do mundo.
O evento, que acontece pelo terceiro ano consecutivo, em Maputo, escolheu o Museu Mafalala para albergar a maioria dos eventos, mesmo a pretexto da celebração do “Poder da oralidade”.
Féling Capela, director do festival, em conferência de imprensa havida ontem no Hotel Meliã, disse que esta iniciativa é o culminar de mais de 18 anos do sarau Noites de Poesia, que todas as terceiras sextas do mês religiosamente juntava poetas e declamadores no ICMA (Instituto Cultural Moçambique Alemanha) e depois no CCMA (Centro Cultural Moçambicano-Alemão).
Capela, na sua locução aos jornalistas, referenciou que só quando o evento completou o décimo quinto ano decidiu – juntamente com o seu colectivo Poetas D’Alma – celebrar o marco em forma de festival.
Aliás, a experiência que Capela adquiriu enquanto produtor do Festival Bush Fire, em e-Swatini, contribuiu grandemente para dar substância a ideia de criação de um festival de poesia localmente.
O historial do Festival Poetas D’Alma é longo e de dar inveja. Só na primeira edição, o evento juntou cerca de 23 países de forma presencial, pois era antes do caos instalado pela Covid-19 nas artes. E ano passado, de forma híbrida – online e presencial – com uma plateia de mais de 70 pessoas, cumprindo com as medidas restritivas da pandeia.
Para esta edição, prossegue Capela, cerca de 32 países aceitaram fazer parte. Destes, mais de 15 aterraram em Maputo, vindos de muitos países, e outros vão participar remotamente.
A ser inaugurado no Museu Mafalala, pelo Presidente do Conselho Municipal, Eneas Comiche, pelas 18h00, e a festa da poesia e artes performativas traz uma rica programação durante quatro dias, envolvendo, pela primeira vez, uma mostra de filmes de curta-metragem de países falantes de língua portuguesa; oficinas de artes plásticas e de escrita criativa; debates e os tradicionais saraus.
A conferência de imprensa havida ontem, para além de Féling Capela, juntou Ivan Laranjeira, director do Museu Mafalala; Alejandra Garcia, representante da Embaixada da Espanha; João Inneco, poeta e curador brasileiro; Senetisiwe, poetisa de e-Swatini, entre outros artistas e convidados.
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