A ré Ângela Leão, que responde pelo caso das dívidas ocultas, foi evacuada para o hospital, após passar mal no tribunal, horas depois de ter denunciado maus tratos e impedimento do acesso aos serviços de saúde por parte da direção da Cadeia Civil, estabelecimento onde encontra-se detida preventivamente há mais de três anos.
Antes do incidente, a ré havia confrontado o juiz para expor alegados maus tratos de que é vítima na cadeia, não obstante padecer de um problema neurológico e estar a enfrentar dificuldades para se deslocar ao hospital devido à obstruções supostamente feitas pela direcção daquele estabelecimento prisional.
Segundo a própria ré, a cadeia não acredita que esteja doente. “Eu estou a morrer. A minha doença é pesada e queria pedir a colaboração do tribunal para me ajudar. Vou morrer se continuarmos assim”, disse.
Porque o tribunal apenas ouviu a versão da ré e do seu advogado de defesa, o juiz Efigénio Baptista decidiu que irá visitar a Cadeia Civil de Maputo, na manhã desta quarta-feira, para interagir com o director da mesma e obter esclarecimentos sobre a matéria.
Com esta situação, a audição da declarante Italma Pereira que já ia à meio, e de outros declarantes com factos conexos a esta ré, foi adiada para 15 de Dezembro.
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