Jovens de Inhassoro voltam a manifestar-se para exigir emprego nos projectos da Sasol

DESTAQUE SOCIEDADE

Mais de duas centenas de jovens, oriundos de várias localidades do distrito de Inhassoro, província de Inhambane, onde a petroquímica sul – africana Sasol tem o projecto de exploração de gás natural, saíram a rua em protesto contra a exclusão naquele megaprojecto quando se trata de oportunidade de emprego. Na sequência da manifestação, sete jovens foram recolhidos as celas da PRM ao nível daquele distrito.

É, diga – se, mais um capítulo da novela que envolve a gigante sul – africana de petróleo e gás e os jovens do distrito de Inhassoro. Nas primeiras horas desta quinta-feira, 02 de Dezembro, frustrados pela falta de emprego que afecta o grosso dos jovens daquela localidade, os populares voltaram a exigir a responsabilidade social da Sasol, pedindo que a mesma ofereça oportunidades de emprego no seu projecto.

Entretanto, a manifestação que parecia pacifica foi travada pelas autoridades de lei e ordem que para dispersar os manifestantes usaram gás lacrimogênio e balas de borrachas. Com a chegada da polícia, segundo o porta – voz da Policia da República de Moçambique em Inhambane, Juma Dauto, os jovens puseram-se em fugas.

“ Logo nas primeiras horas de hoje os jovens se fizeram a rua para exigir emprego a Sasol. Tratando-se de uma manifestação ilegal e violenta a polícia foi chamada para fazer o seu trabalho. Eles queriam destruir e vandalizar algumas infraestruturas e polícia foi obrigada a usar balas de borracha para os dispersar, não houve registos de feridos”, declarou D

Foram mais de 200 que se fizeram ao projecto da Sasol para reivindicar as oportunidades de emprego, mas nem todos tiveram a sorte de retornar à casa, uma vez que, segundo a PRM, sete jovens encontram-se a ver o sol aos quadradinhos.

“Foram detidos sete indivíduos tidos como cabecilhas daquela manifestação. Eles foram instados a procurar as estruturas competentes para dialogar sobre as suas reivindicações e não vandalizar as instituições”.

Por outro lado, Juma Dauto, adiantou que se por tratar de uma manifestação ilegal cuja objectivo era vandalizar instituições “os jovens serão responsabilizados criminalmente, tendo sido enviado o expediente para o Ministério Público”

Refira-se que o braço de ferro entre a população dos distritos de Inhassoro e a multinacional sul-africana de exploração de gás dura desde 2019

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