BAD disponibiliza 47 milhões de dólares para a Zona Especial de Processamento Agroindustrial em Niassa

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O Conselho de Administração do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) aprovou um fundo de 47,09 milhões de dólares para a primeira fase do Corredor de Desenvolvimento Integrado Pemba-Lichinga, por sinal uma Zona Especial de Processamento Agroindustrial.

Com este fundo, o BAD visa melhorar a produtividade agrícola e o desenvolvimento do agronegócio na província de Niassa, promovendo a capacidade institucional, habilidades e empreendedorismo para estimular o crescimento da cadeia de valor agrícola.

“O projecto irá testar uma melhor coordenação de políticas e desenvolvimento entre a província do Niassa e os departamentos nacionais, especialmente com o Ministério da Indústria e Comércio e o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural”, refere o Banco Africano de Desenvolvimento para depois explicar que “As Zonas Especiais de Processamento Agroindustrial são iniciativas de desenvolvimento integrado destinadas a concentrar as actividades de agro-processamento em áreas de alto potencial agrícola para aumentar a produtividade, integrar a produção, o processamento e a comercialização de commodities selecionadas”.

Se por um lado, a iniciativa está em linha com a Estratégia de Desenvolvimento 2015-2035 que visa a melhoria das condições de vida da população através da transformação estrutural da economia e expansão e diversificação da base produtiva. Por outro, é consistente com os esforços concertados da comunidade internacional para apoiar Moçambique na promoção do crescimento económico inclusivo e construção da paz no norte.

O projecto está igualmente alinhado com o Documento de Estratégia Nacional do Banco Africano de Desenvolvimento 2018-2022 para Moçambique, com foco nas províncias do norte, e a Estratégia Feed Africa do Banco para a transformação da agricultura.

Para o ministro da Industria e Comércio, Carlos Mesquita, esta iniciativa é o ponto de partida para a mudança, uma vez que vai transformar a economia, promover a inclusão social e a paz, dinamizando importantes factores facilitadores da indústria.

Por sua vez, o representante do BAD em Moçambique, Cesar Augusto Mba Abogo, destacou a importância das Zonas Especiais de Processamento Agroindustrial como uma instalação partilhada para permitir que produtores agrícolas, processadores e distribuidores operem no mesmo bairro para reduzir os custos de transação, partilhar serviços de desenvolvimento de negócios e aumento da produtividade e competitividade.

“Os SAPZs podem promover a participação de pequenos produtores em cadeias de valor e agregação de valor, oferecendo assim um modelo de desenvolvimento inclusivo”, afirmou.

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