O município da Matola foi, entre os dias 26 e 28 de janeiro, palco do Workshop Sub – Regional de Capacitação em Competências de Liderança para Jovens Trabalhadores. De acordo com a OTM – Sindical, o evento visava doptar jovens de competências para que no futuro estejam incorporados nas diversas organizações de liderança sindical.
Com a eclosão da pandemia do novo coronavírus, muitos jovens engrossaram as fileiras dos desempregados do país. Com o objectivo de capacitar os jovens trabalhadores em matérias de liderança, a Organização dos Trabalhadores Moçambicanos – Central Sindical e a IUTC – Africa organizaram um workshop na Cidade da Matola.
Segundo Damião Simango, porta – voz da OTM – CS, é importante apostar na juventude para dar continuidade naquela que é a essência dos movimentos sindicais.
“No fundo a ideia é de que precisamos olhar para o futuro das nossas organizações. Há um futuro que não está longe, está muito breve. É importante apostar na juventude para dar continuidade naquilo que são os ideais do movimento sindical em particular. Consciente disso a OTM – Sindical e os movimentos sindicais, o comité nacional do jovem trabalhador, é preciso que ao nível das discussões dos órgãos da organização se tenha consciência de que precisamos de cada vez mais incorporar jovens na nossa liderança porque não é uma questão do futuro é o presente, são as pessoas que desde já devem tomar as rédeas em colaboração com os demais para desenvolver esta organização”, declarou a fonte.
Indo mais longe, Simango a declarou que depois deste do workshop há consciencialização nos sindicatos de que a juventude não pode ser deixada para amanhã, mas sim para hoje. “É preciso incorporar os jovens nas diversas organizações de liderança sindical. Obviamente é preciso que os próprios jovens lutem pelos seus direitos, uma vez que os mais velhos não vão dar o poder de bandeja”.
Por sua vez, o Secretário – Geral ITUC – Africa, Alex Nkosi, instou os jovens moçambicanos a se inspirarem nos ideais de Samora Machel. “Os jovens não podem acordar e tornar-se líderes, para que que se tornem líderes precisam de capacitação, competências necessárias e compreender o que é liderança. E quando forem selecionados para alguns casos, devem saber o que fazer. Escolhemos Moçambique porque Samora Machel era jovem quando entrou na liderança. E o hoje porque os jovens não podem ser líderes a partir da base?”, questionou.
Numa outra abordagem, Nkosi desafiou os sindicatos a criarem um ambiente para que a juventude se sinta capaz de ser incluída nos cargos de liderança, tendo igualmente instado ao Governo para criar políticas para alavancar os jovens que vivem na base do comércio informal.
“Os sindicatos também devem criar um ambiente que possa fazer com que os jovens possam ser incluídos nestes cargos de liderança. Também tocamos aspectos ligados à igualdade do género, queremos que 50% dos cargos sejam ocupados por mulheres. Queremos que o Governo de Moçambique traga políticas de deliberação que possam apoiar os informais para que sejam verdadeiros empreendedores. Actualmente alguns países ainda se ressentem das restrições, mas penso que devia-se reconsiderar algumas restrições e pensar em estratégias que podemos implementar com vista a aprender a viver com a pandemia”.
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