Renamo considera que Nyusi encalhou DDR  por medo de perder controlo das FDS  

DESTAQUE POLÍTICA

No arranque da XI Sessão da nova Legislatura da Assembleia da Republica, os dignos representantes do povo moçambicano voltaram a trocar acusações. O chefe da Bancada Parlamentar da Frelimo, Sérgio Pantie, declarou que os êxitos da Forca Conjunta no Teatro Operacional Norte, incomodam a Renamo uma vez que esta sempre foi contra intervenção das tropas estrangeiras sem antes auscultar a Assembleia da Republica. No contra – ataque, o maior Partido da oposição em Moçambique declarou que  o DDR encalhou tudo por culpa daqueles que não querem a paz e tranquilidade em Moçambique.

O inicio foi como o fim para os três partidos com assentos na Assembleia da Republica. Tal como aconteceu na ultima sessão de 2021, no arranque dos trabalhos do corrente ano a Frelimo, Renamo e MDM voltaram a trocar acusações.

Para o chefe da Bancada Parlamentar da Frelimo, Sérgio Pantie, as conquistas das forcas que se encontram na linha da frente no combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado incomodam a Renamo, uma vez que o Partido liderado por Ossufo Momade ainda defende que o Presidente da Republica antes de aceitar a entrada das tropas ruandesas e da SADC tinha auscultar a Assembleia da Republica.

“Os moçambicanos são testemunhas de que está RENAMO e sua Junta Militar sempre se opuseram as forças da SADC e do Ruanda para combater o terrorismo. A mesma RENAMO prognosticou um caos aquando do início da pandemia de Covid-19 em Moçambique. Os moçambicanos sabem que desta RENAMO os moçambicanos não se surpreendem porque sabem que é uma força forjada para desestabilizar, matar e destruir para desestabilizar o desenvolvimento do país”, atacou Pantie

Contra – atacando, Viana Magalhães, Chefe da Bancada Parlamentar do maior Partido da oposição em Moçambique, declarou que o processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração (DDR) dos ex-guerrilheiros da Renamo encalhou tudo por culpa daqueles que não querem a paz e tranquilidade em Moçambique.

“O DDR encalhou porque o chefe do comando operativo não quer perder o controlo das Forças de Defesa e Segurança, porque como disse o seu chefe e seu mentor não pode partilhar assuntos do estado porque a RENAMO é uma pedra no sapato daqueles que vivem a democracia no corpo do comunismo alicerçado no partido único”, disse Magalhães

“Os camaradas sempre defenderam uma governação com base na promoção da guerra”

Indo mais longe, Magalhães lançou um serio aviso ao Governo, declarando que o incumprimento do DDR é um barril de pólvora que um dia pode mergulhar o país no caos. Por outro lado, o chefe da Bancada Parlamentar da Renamo pediu um basta ao clima que perseguição que se vive no país desde Filipe Nyusi assumiu o poder.

“Chega de corruptos, chega de raptores, chega de sequestros, chega de esquadrões de morte, chega de caloteiros, chega de patrocinadores de terrorismo, cega de indolentes, chega mesmo. O nosso chega não será suficiente se o nosso povo não tomar atitudes e ações concretas constitucionalmente estabelecidas. É preciso agir e a hora é agora. Os camaradas sempre defenderam uma governação com base na promoção da guerra para como uma forma apropriada de esconder a incapacidade de governar daí afirmamos que todos são farinha do mesmo saco”.

Por sua vez, Lutero Simango, presidente e chefe da Bancada Parlamentar do MD, focou-se no restabelecimento da paz e tranquilidade na província de Cabo Delgado, propondo um dialogo com os grupos que, desde 2017, semeiam luto e terror naquele ponto do país.

“Medidas sociais e econômicas devem ser adoptadas de forma inclusiva e participativa com maior enfase para a juventude que deve ser orientada para exercer a soberania com auto estima e moçambicanidade”, avançou Simango.

De referir que na IX Sessão da nova Legislatura da  Assembleia da Republica serão  instrumentos de debate as leis de radiodifusão e da comunicação social,  depositados no Parlamento há cerca de dois anos.

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