A empresa Águas da Região Metropolitana de Maputo-AdRMM lançou, terça-feira, 22 de Março, na cidade de Maputo, uma campanha denominada “Consumo Ilegal Zero”, que visa a redução de Água Não Facturada (ANF) até 33 por cento, nos próximos três anos, no sistema de Maputo.
A campanha está inserida no âmbito da implementação do PAIRP – Programa Acelerado e Integrado de Redução de Perdas 2020-2024, e tem por objectivo desencorajar o consumo ilícito de água potável, que contribui negativamente para a sustentabilidade da empresa.
A acção teve como ponto de partida o bairro Luís Cabral, localizado nos arredores da capital do País, onde foram desmanteladas pouco mais de 50 ligações clandestinas, no primeiro dia de sensibilização.
Na ocasião, o Administrador de Negócio da AdRMM, Inácio Inácio, referiu que um dos objectivos da iniciativa é a reversão de todos os clientes suspensos em activos, através da campanha “Consumo Ilegal Zero”, em todos os bairros das três Áreas Operacionais (Chamanculo, Maxaquene e Laulane) e duas Delegações (KaTembe e Guava) da Região da Cidade de Maputo.
“Estaremos a actuar em bloco para encontrar situações de clientes ilegais. A primeira abordagem não é desmantelar e incorrer a um processo, mas sim sensibilizar e fazer com que se regularize a situação. Temos zonas de fácil localização que com uma intervenção é possível desmantelar. Os nossos analistas de consumo sabem onde estão localizados os ilegais. Em uma semana, os analistas de consumo devem trazer ligações clandestinas, de modo a que o cliente suspenso se converta em cliente activo”, explicou Inácio Inácio.
Por sua vez, o Director do PAIRP, Joaquim Bié, disse que a iniciativa “Ilegal Zero” enquadra-se nos esforços da empresa AdRMM em reduzir as perdas de água e o bairro Luís Cabral, foi escolhido por apresentar maior índice de Água Não Facturada (ANF).
“Este consumo ilegal decorre em quase todas áreas operacionais de Maputo, mas a área operacional de Chamanculo, exactamente no bairro Luís Cabral, apresenta maior incidência de consumo de água ilegal. Só em um dia foram detectadas mais de 50 ligações ilegais. O compromisso é manter o cliente com água. O que fazemos é desactivar o bypass e facturar os encargos, porque há um consumo perdido”, concluiu Joaquim Bié.
Importa referir que parte das iniciativas do PAIRP prevê a instalação de cerca de 10.200 contadores pré-pagos ainda este ano.
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