Eduardo Constantino brinda jornalistas, no seu dia, com anúncio da Conferência Nacional

DESTAQUE POLÍTICA
  • Actual direcção está há quase uma década fora do mandato

  • Há muito que jornalistas aguardam por eleições prestações de contas

Assinalou-se, na segunda-feira, 11 de Abril, o Dia do Jornalista Moçambicano, que coincide com 44 anos da criação do Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ). Como que a brindar os homens de caneta e papel, o secretário-geral daquela agremiação anunciou, finalmente, a realização, este ano ainda que sem data, da Conferência Nacional na qual serão eleitos os novos órgãos sociais marcando fim de quase uma década de um reinado fora do mandato.

Embora ainda sem datas, o Sindicato Nacional de Jornalistas marcou para o presente ano a Conferência Nacional daquela agremiação que, diga-se, vai abrir uma nova página na SNJ, uma vez que na referida reunião será eleito o novo corpo directivo da organização depois de muitos anos sob a liderança de Eduardo Constantino, já largamente fora do mandato.

Com efeito, segundo a nota do SNJ assinada pelo respectivo secretário-geral, decorrem desde Novembro do ano passado, o processo de revitalização dos Comités Locais que vai culminar com a realização da daquela que é a VII Conferência Nacional.

“Neste âmbito, para além da revitalização e criação dos órgãos de base nos órgãos de informação, deverão ser eleitos os delegados às conferências provinciais que, por sua vez, irão eleger os secretariados provinciais e os delegados à Conferência Nacional”, lê-se na nota assinada por Eduardo Constantino, que nos últimos meses tem estado sob pressão para largar a instituição, que não realizava a magna reunião há já alguns anos.

No dia em que se celebra o dia dos homens da pena, o Sindicato Nacional de Jornalistas sauda a bravura com que os profissionais da comunicação social moçambicana, com ética e responsabilidade, reportam, com fidelidade e isenção, as tragédias que têm estado a assolar as regiões centro e norte do país, provocadas por depressões tropicais, ciclones e terrorismo.

O secretario – geral do Sindicato Nacional de Jornalistas, Eduardo Constantino, enfatizou no seu comunicado que, no presente ano, a celebração da efeméride coincide com o 44º aniversário da agremiação, tendo destacado a “luta permanente pela liberdade de imprensa, de expressão, valorização e manutenção dos postos de trabalho” ao longo dos 44 anos da SNJ.

Se por um lado, a instituição chefiada por Constantino destacou que um dos papéis do jornalista, que é dar voz aos que não a têm, levar ao conhecimento de todos o dia-a-dia das pessoas que lutam pela sua sobrevivência, estudam e trabalham. Por outro, defendeu que deve-se revisitar os valores da ética e deontologia profissional, uma vez que “a ética profissional que se exige ao jornalista continua a ser a mesma, mas as variáveis que a condicionam são múltiplas e muitas vezes contrárias à defesa dos direitos e interesses exigidos pela dignidade da pessoa, factos que não devem enfraquecer na nossa missão”.

Por seu turno, o presidente do Conselho Superior da Comunicação Social, Rogério Sitoe instou o jornalista moçambicano a repensar e a aprofundar o auto conhecimento e o papel da classe no aprofundamento da democracia em Moçambique.

As felicitações aos jornalistas vieram de vários estratos da sociedade, com destaque para a o Presidente da República, Filipe Nyusi, que, embora tardiamente, endereçou uma mensagem aos profissionais da comunicação social, a quem considera como actores relevantes da sociedade.

“Os nossos profissionais de Comunicação Social, com a devida responsabilidade e sentido patriótico têm feito conhecer à nação moçambicana e ao mundo e com elevado nível de objectividade as notícias sobre as acções das nossas briosas Forças de Defesa e Segurança (FDS), contra o terrorismo e extremismo violento em alguns distritos da província de Cabo Delgado”.

Para a Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, o jornalista é uma figura muito importante na consolidação da democracia no país, destacando igualmente a incessante luta pela liberdade de imprensa e defesa de outros direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos.

“Estamos convictos que nessa luta, os jornalistas têm sido autênticos heróis, porque nem sempre recebem a devida colaboração de outros actores sociais na busca de informação, matéria-prima para o bom desempenho da sua função jornalística”, refere a nota do partido liderado por OssufoMomade.

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