No âmbito das comemorações do Dia da Europa, que assinalou no dia 09 de Maio corrente, a União Europeia (UE) realizou, nesta quinta-feira, 12 de Maio, a IV Edição da Mesa Redonda União Europeia – Moçambique. Naquele evento que juntou o corpo diplomático da UE em Moçambique, Governo, sector privado e algumas organizações da sociedade, o Embaixador da Delegação da União Europeia, Antonio Sánchez-Benedito Gaspar, comprometeu-se continuar a apoiar Moçambique com vista maximizar o potencial do país na produção de energias limpas.
Falando à margem da Mesa Redonda UE – Moçambique e olhando para as enormes reservas de gás natural na Bacia do Rovuma, António Gaspar aponta que Moçambique pode aproveitar a transição para as energias limpas para explorar as suas reservas de gás, tendo se comprometido a “continuar a apoiar Moçambique com vista a maximizar o potencial de produção de energias limpas”.
“O sucesso do pacto ecológico depende do acesso a matérias-primas críticas para a energia limpa. Prevê-se que o consumo destes materiais aumente quatro vezes no caso da grafite, um dos mais abundantes no norte de Moçambique. A procura crescente de matérias-primas críticas cria oportunidades para Moçambique, apesar dos riscos de acelerar simultaneamente a devastação ambiental, agravando as mudanças climáticas, o que requer cuidados com vista a uma exploração sustentável. Temos, portanto, de estabelecer uma parceria baseada na exploração sustentável dos recursos naturais”, declarou Gaspar.
Por outro lado, o embaixador europeu em Maputo reiterou que a União Europeia pretende auxiliar Moçambique as normais globais sustentáveis na agricultura, tendo apontado as condições exigidas para que os produtos produzidos intramuros tenham acesso ao exigente mercado europeu.
“O programa de cooperação UE-Moçambique prevê financiar nos primeiros quatro anos da sua implementação (2021-2024) projectos até 200 milhões de euros na área do crescimento verde e digital, nomeadamente em proteção natural e dos ecossistemas, transformação ecológica da agricultura, silvicultura e pescas, construção de infraestruturas resilientes e transformação digital para crescimento inclusivo”, declarou.
Na qualidade de representante do Governo, Silvino Augusto Moreno, ministro da Industria e Comércio, olhando para a transição ecológica e digital, destacou que a IV Mesa Redonda entre UE – Moçambique acontece num período em que o país se recente dos efeitos resultantes da pandemia da Covid-19 e das adversidades conjunturais que tem conduzido o país as novas formas e abordagens de encarrar e perspetivar acções com vista a revitalização pela vantagem económica.
Se por um lado, Moreno falou do papel histórico que a União Europeia tem no crescimento de Moçambique através de vários programas que tem sido implementados e que tiveram impacto estruturante no processo do desenvolvimento sustentável.
Por outro apontou que a Europa pode assistir Moçambique e o sector privado na sua expansão ao mercado através de soluções de “investimentos direcionados para sectores com significativo potencial de exportação ou de internacionalização já considerando a narrativa benéfica do desenvolvimento ecológico e digital”.
Ainda na IV Edição da Mesa Redonda UE – Moçambique, Simone Santi, presidente da Associação dos Empresários Europeus em Moçambique (Eurocam), instou o Governo a orientar os funcionários dos aeroportos para receberem para receberem os empresários estrangeiros com um sorriso ao invés de complicarem, uma vez que estas atitudes acabam afastando potenciais investidores.
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