CTA defende redução do preço de combustível na estacão de armazenagem para minimizar impactos negativos na economia

DESTAQUE ECONOMIA

Apoiando-se, uma vez mais no aumento do barril de petróleo no mercado internacional, anunciou, no dia 23 de Maio em curso, o agravamento dos preços dos combustíveis no mercado nacional, fazendo soar alarmes aos moçambicanos que já viviam com a corda no pescoço devido ao elevado custo de vida que se regista no país. Reagindo ao agravamento do precos dos combustíveis, a Confederação Moçambicana das Associações Económicas (CTA) considera que o preço actual de combustível praticado não é o real que deveria ser aplicado, uma vez que, a cada litro vendido, as empresas têm um défice ou prejuízo e o Governo deve pagar compensações às gasolineiras.

Se por um lado, o presidente da CTA, Agostinho Vuma, apoiando-se ao que foi anunciado pelo Governo e AMEPETROL, garantiu que o mercado nacional dispõe de quantidades suficientes para abastecer o mercado nos próximos meses. Por outro, avançou o preço aplicado pelas gasolineiras continua inferior ao que seria necessário para o efeito, tendo proposto, como medida temporária, a criação de “mecanismos para que as associações de transportes possam desempenhar papel e promover a criação de depósitos nos terminais para a aquisição do combustível em grupo ao distribuidor, beneficiando-se, assim, do preço baixo. Isto permitiria que os transportadores comprassem o combustível a preço do distribuidor que é inferior ao preço de venda ao público”.

Vuma adiantou, por outro lado, que a redução do preço do combustível de 78,97 para 72,82 no preço de distribuidor na estacão de armazenagem significaria uma poupança de 6,14 Meticais por litro, o que de certa, forma, “ajudaria a minimizar os impactos negativos da subida do preço de combustível sobre a economia, no geral e tem o benefício adicional de apoiar na organização e formalização dos transportadores. Isto não é para desestimular a actividade retalhista das gasolineiras, mas sim uma medida temporária para minimizar o impacto da subida dos preços”.

Ainda no pacote das medidas que propõe ao Governo mitigar a subida dos precos sobre a economia, o presidente da CTA entende que não se pode deixar atrás a questão fiscal, visto que, “o IVA tem peso significativo na estrutura do preço final do combustível. Por um lado, o IVA na importação combustível acaba tendo um peso de cerca de 11% no preço final do litro de combustível. Por outro lado, o IVA ao distribuidor tem peso de cerca de 13% no preço final”.

O grosso dos moçambicanos vive com a corda no pescoço devido ao elevado custo de vida que se regista no país. Para minimizar a subida galopante dos precos dos produtos no mercado nacional a Confederação das Associações Económicas de Moçambique propôs ao Governo, em coordenação com as empresas, e países produtores de trigo, em particular, para “negociar e celebrar acordos de fornecimento de trigo e outros produtos, a curto prazo. A médio prazo, deve-se promover parcerias para a produção e desenvolvimento da cadeia de valor de cereais em Moçambique, associado aos incentivos e facilidades providenciadas pelo projecto Sustenta”.

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