UEM deu o último banho de imagem a Nyusi antes do Congresso

DESTAQUE POLÍTICA

Como o Evidências já havia anunciado, o Presidente da República, Filipe Nyusi acaba de receber o título de Doutor Honoris Causa na área de Conservação da Biodiversidade e Mudanças Climáticas, atribuído pelo reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Manuel Guilherme Jr., num processo contestado por uma parte dos académicos da maior e mais antiga universidade do país e que é interpretado nalguns círculos como mais uma acção na campanha em curso de lavagem da imagem de Filipe Nyusi à porta do Congresso.

Na sua fundamentação para o título atribuído ao PR, há instantes, a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) diz que a distinção surge na sequência da advocacia frente aos decisores a nível regional e internacional para a implementação de medidas efectivas nos programas de conservação e na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Até a passada terça-feira, antes da publicação do Evidências, o assunto vinha sendo tratado com todo o secretismo tendo deixado surpreso até o Conselho Universitário, o único órgão deliberativo, que não tinha conhecimento. Um e outro membro foram convidado.

Segundo o Evidências, o Conselho Académico, de natureza consultiva, usurpou as competências do Conselho Universitário, o único deliberativo. O cartaz do evento já consta da publicação institucional da UEM.

É um erro que pode ter sido causado pela “pressa e inexperiência” do reitor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Manuel Guilherme Júnior, ex-membro do grupo de choque, que cinco meses depois de ser “empurrado” politicamente para o cargo, retribui o favor.

No documento vazado pelos grupos de choque, para tentar legitimar o título Doutor Honoris Causa para o Presidente da República, lê-se que a atribuição daquele título honorífico a Filipe Jacinto Nyusi foi remetida pelas Faculdades de Agronomia e Engenharia Florestal, de Ciências e de Veterinária, tendo como fundamento os feitos do Chefe de Estado nas áreas de Conservação da Biodiversidade e Mudanças Climáticas, nomeadamente, a advocacia frente aos decisores a nível regional e internacional para a implementação de medidas efectivas nos programas de conservação e na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Da fundamentação constam cinco razões que justificam a atribuição do título honorífico de Doutor Honoris Causa ao Presidente da República na área de Conservação da Biodiversidade e Mudanças Climáticas, nomeadamente:

Refira-se que a cerimónia contou com o seu padrinho, antigo Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, ministros, académicos e diferentes actores sócio-culturais, políticos e desportivos. Este é o segundo Honoris Causa atribuido a um Presidente da República. O primeiro foi atribuido a Armando Guebuza.

Facebook Comments

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *