Moçambique comemorou ,no dia 04 de Outubro, 30 anos da assinatura do Acordo Geral da Paz. Na celebração daquele efeméride, o antigo estadista moçambicano, Joaquim Alberto Chissano, apelou às igrejas para abandonarem as diferenças e partilhar uma mensagem única com vista a se alcançar entendimento.
De acordo com Alberto Chissano, que falava à margem de uma reunião inter – religiosa, a sociedade moçambicana precisa de se reconciliar, tendo apontado que “as religiões podem construir paz e educar por ela. As religiões não podem ser usadas para a guerra. Só a paz é santa; e que ninguém use o nome de Deus para ‘abençoar’ o terror e a violência”.
Chissano considera, por outro lado, que, no presente, por várias razões, a sociedade moçambicana está rompida e insta as igrejas para serem mais activas com vista a se alcançar a verdadeira paz no país.
“As igrejas e mesquitas estão muito mais propensas a encontrar situações em que são chamadas a dirimir conflitos familiares, porque estão em toda a parte, estão em contacto com as famílias e sabem onde houve ruptura da sociedade”, disse Chissano.
A Guerra entra a Frelimo e a Renamo já faz parte do passado, contudo o conflito que durou 16 anos, segundo Joaquim Chissano, rasgou o tecido social que precisa urgentemente de ser reconstituído, mas o antigo Presidente da República observa que “Não haverá reconstituição, se ela não abranger os pedaços do tecido social que estão dispersos”.
Nas entrelinhas, Chissano apontou que o terrorismo, o consumo excessivo do álcool, os acidentes de viação e a violência contra idosos são outros factores que minam paz no paiis.
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