- Enquanto Magala refugia-se na sabotagem para justificar o fracasso do Famba
O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, reconheceu que a principal estrada do país, ou seja, a Estrada Nacional Número Um (EN1), encontra-se numa situação de degradação preocupante, enquanto o ministro dos Transportes e comunicações, Paulo Magala, reiterou que a bilhética Electrónica irá resolver o diferendo entre o Executivo e os transportadores.
Duarte Sitoe
As bancadas parlamentares da Frelimo, Renamo e MDM solicitaram informações ao Executivo sobre diversas matérias, com destaque para as infra-estruturas rodoviárias, problemas de implementação do sistema Famba, custo de vida e critérios usados para selecção de pessoas idosas em situação de pobreza. Para além de procurarem saber das implicações de um alegado banimento dos cartões no estrangeiro.
Na qualidade de titular do pelouro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita reconheceu que a Estrada Nacional Número Um (EN1) encontra-se numa situação de degradação preocupante.
De acordo com Carlos Mesquita, no âmbito da implementação do Programa Quinquenal do Governo, 2020-2024, foram reabilitados 1.106 km de estradas nacionais e regionais; asfaltados 443 km de estradas nacionais e regionais, mantidos 14 mil km de estradas. Igualmente, foram construídas e/ou reabilitadas 10 pontes.
Mesquita falou ainda de várias estradas que foram reabilitadas nos últimos meses em todo território nacional. No entanto, quando chegou a vez de falar da Estrada Nacional Número Um, o governante reconheceu que a mesma encontra-se numa situação de degradação preocupante.
“A Estrada Nacional Número Um, a nossa espinha dorsal, que garante a ligação do norte, centro e sul do país, está numa situação de degradação preocupante em alguns dos seus troços, constituindo um desafio para a circulação de pessoas e bens”.
Com vista a mudar o actual estágio da EN1, o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos referiu que está previsto para finais de 2023 o arranque das obras de reabilitação dos troços Pambara-Rio Save, Rio Save-Inchope-Caia-Nicoadala, Rio Lúrio-Metoro-Pemba, totalizando 1053 km.
Magala refugia-se na sabotagem para justificar o fracasso da bilhética electrónica
A bilhética electrónica, sobejamente conhecida por Cartão Famba, foi uma das iniciativas do Governo para modernizar o sector dos transportes. Entretanto, a mesma pariu decepção no seio dos utentes.
Apesar de ser um instrumento que caminha a passos largos de entrar no rol dos projectos falhados, o Governo pretende resgatá-lo para subsidiar o passageiro e acabar com o braço de ferro com os transportadores. Na opinião do ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, a ineficácia da Bilhética Electrónica está por detrás da sabotagem das máquinas.
“A questão da ineficácia tem muitos anos. O que constatei no lugar é que também há questão da utilização ou sabotagem. Também nós sabotamos, essa ineficiência que se traz com a sabotagem é questionável, tem a ver com a educação e atitude cívica”, referiu.
Sobre as compensações aos transportadores, Magala declarou que o Executivo espera, até Dezembro do corrente ano, ao invés do transportador, passar a subsidiar o passageiro através da carteira móvel e da Bilhética Electrónica.
“O subsídio deveria ter começado de Julho até Dezembro, numa fase inicial, dado aos recursos que temos. Enquanto não dermos o subsídio ao passageiro, vamos fazer compensação ao transportador e isso é igual ao subsídio que é transferido ao transportador, enquanto o princípio filosófico é que devíamos entregar ao passageiro, mas como a base de dados do passageiro e o mecanismo não está pronto passamos ao transportador, mas é o mesmo subsídio, mas lá estamos a compensar porque tomaram o risco de fazer. Esperamos, entre Outubro e Dezembro, passar a dar directamente aos passageiros”, vendeu mais uma ilusão Magala.
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