Tonela reconhece cortes salariais e legitima reclamações dos Funcionários do Estado

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A entrada em vigor da Tabela Salarial Única criou indignação no seio dos Funcionários do Estado, destacando-se os médicos e professores que ameaçam paralisar as suas actividades como forma de pressionar o Governo a corrigir as irregularidades detectadas naquele instrumento. Nesta quarta-feira, 09 de Novembro, o ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, deu a mão a palmatoria e reconheceu que algumas reclamações apresentadas pelos Funcionários do Estado são legitimas. Por outro lado, Tonela reconheceu que houve cortes nos salários líquidos dos médicos e magistrados.

Respondendo às perguntas das duas bancadas da oposição na Assembleia da República, Max Tonela explicou que houve falhas processuais que foram identificadas no processo de processamento dos salários que são corrigíveis.

“Quanto as preocupações apresentadas pelos diversos grupos profissionais notamos que parte delas são validas. Uma decorrem nas falhas de processamento de salário, portanto corrigíveis. Algumas derivam da interpretação e requerem esclarecimentos ou aprimoramento deste novo modelo

Segundo Tonela, outras reclamações resultam das expectativas que foram sendo geradas em volta do processo desde a sua concepção, tendo reiterado que a Tabela Salarial Única veio corrigir desequilíbrios salariais entre os funcionários.

“Recordamos que a reforma salarial tem como propósito valorizar e reter os melhores quadros do aparelho do estado; corrigir desequilíbrios salariais entre funcionários com exigências funcionais similares e eliminar a proliferação de estatutos remuneratórios próprios aprovados de forma discricionária”.

Por outro lado, Tonela reconheceu que houve redução dos salários líquidos de alguns funcionários, dando exemplo dos médicos, magistrados e dos profissionais das áreas de investigação, mas avançou que “todos os casos foram identificados e corre actualmente os processos visando o pagamento das diferenças devidas”.

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