Buchili observa que Moçambique deixou de ser um corredor de tráfico para ser destinatário de drogas

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De acordo com a Procuradora – Geral da República, Beatriz Buchili, Moçambique deixou de ser um corredor de tráfico de drogas para ser destinatário. Por outro lado, Buchili referiu que o tráfico de drogas e a proliferação de parques de venda de viaturas são negócios que estão a financiar o terrorismo em todo território nacional.

Discursando à margem da visita de trabalho à procuradoria da Cidade de Maputo, Beatriz Buchili manifestou a sua preocupação com o aumento da criminalidade no país, tendo destacado o tráfico de drogas.

Aliás, na sua intervenção Buchili avançou que tem se assistido a proliferação de fábricas de produção de estupacientes, sendo que Moçambique deixou de ser um corredor de tráfico de drogas para ser destinatário

“Pode haver diminuição da criminalidade, mas, há um aumento significativo de crimes de impacto como o tráfico de drogas. E em relação ao tráfico e consumo de drogas dizer que Moçambique era um país de trânsito, mas nos últimos dois a três anos estamos a ser um país de consumo. E como sabemos, o tráfico de drogas é dos crimes que pode, ou melhor financia o terrorismo então temos que olhar para este caso de tráfico de drogas. Nas escolas vendem drogas, há consumo de drogas nas escolas”.

Desde Novembro de 2017 que a província de Cabo Delgado tem sido alvo de ataques dos grupos armados. Na opinião de Beatriz Buchili, o aumento desenfreado dos parques que se dedicam a venda de viaturas, uma vez que as mesmas fazem o grosso das transações em numerário, dificultando a fiscalização por parte das autoridades são negócios usados para financiar o terrorismo.

“Nem sei a legalidade desses parques, porque são parques que fazem as transações financeiras sem seguir o circuito bancário, paga-se em numerário. Isto é preocupante para um país que tem o desafio de prevenção e combate ao terrorismo e pode ser um mecanismo de financiamento ao terrorismo, temos que verificar o que se está a passar”, declarou a Procuradora – Geral da República para depois falar das avultadas somas de dinheiro no pagamentos dos resgates.

“Os resgates não são pagos com transações bancarias, são pagos em numerário, onde e que fica esse todo dinheiro que paga os resgates? Então e preciso haver muito trabalho de vários actores incluindo a própria sociedade. Então eu quero perceber como e que nós estamos a trabalhar estes casos porque a Cidade de Maputo continua a ser a Cidade que temos maior índice de casos de raptos”.

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