Chume desconfia que a imigração ilegal pode estar ligada ao terrorismo

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A vulnerabilidade das fronteiras nacionais e a prevalência da corrupção Serviço Nacional de Migração (SENAMI) contribuem para que Moçambique seja um destino apetecível para os imigrantes ilegais. O ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, observa que a imigração ilegal pode estar ligada ao terrorismo que, desde Outubro de 2017, assola a província de Cabo Delgado.

O titular do pelouro da Defesa Nacional referiu os imigrantes ilegais usam qualquer tipo de artimanhas para entrar em Moçambique, tendo mostrado preocupação em relação ao crescente número de “ilegais” que escalam o país na zona norte.

“Temos vindo a ter cenários preocupantes particularmente na nossa fronteira norte e centro. Temos números que as vezes são assustadores de imigrantes ilegais que entram no nosso país, usando qualquer tipo de artimanhas para entrarem no nosso território”.

Chume salientou, por outro lado, que o grosso dos imigrantes ilegais é composto por jovens oriundos de países em problemas e com crises políticas o que, de certa forma, pode ser associado a situação do terrorismo na província de Cabo Delgado.

“Muitos imigrantes ilegais quando vêm a Moçambique alegam que só estão a usar o nosso território como trânsito, porque o objectivo final é aceder a África do Sul, mas face ao fenómeno terrorismo que temos em Moçambique estamos a notar que esta imigração ilegal pode também estar ligada a ele”, afirmou o ministro da Defesa Nacional.

Importa referir que, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), os ataques dos grupos armados na província de Cabo Delgado já causaram cerca de 4.000 mortes.

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