No dia 15 do corrente mês de Novembro, os professores de algumas cidades e distritos do país decidiram paralisar as actividades em protesto contra as irregularidades detectadas, mais uma vez, na Tabela Salarial Única. Volvidos dois dias depois da paralisação parcial das actividades, ou seja, nesta quinta-feira (17), a Organização dos Professores de Moçambique (ONP) veio ao terreno afirmar (e em viva voz) que os professores que aderiram à greve desconhecem os estatutos daquela agremiação.
O Presidente da República, Filipe Nyusi, apelou, recentemente, aos Funcionários Públicos que estavam insatisfeitos com as incongruências detectadas na Tabela Salarial Única para “beberem água” e os professores não se fizeram de rogados, ou seja, paralisaram as actividades para beberem do precioso líquido.
De acordo com o secretario – geral da Organização dos Professores de Moçambique (ONP), Teodoro Mudumbe, os professores que aderiram à greve não têm domínio dos estatutos que foi criado para defender os interesses dos docentes.
“Há uma sequência lógica dos acontecimentos. Nós começamos a seguir o processo a partir da recepção dos critérios que seriam seguidos para enquadrar os funcionários públicos do Aparelho do Estado. Aquele que é membro da ONP domina os estatutos e sabe o que está lá escrito. Aquele que não é membro não domina, tem razão de se pronunciar naquilo que não sabe. Nos acomodamos todas as preocupações dos professores independentemente de que grupo pertencem. Não escolhemos ninguém, somos pela inclusão independentemente de que este concorda ou não com a ONP”, declarou Mudumbe para depois avançar que não vai comentar informações deturpadas nas redes sociais quando foi chamado a comentar sobre o facto dos professores se sentirem traídos pela instituição por si dirigida.
“Já nos posicionamos em não concordar com aquilo que o Governo publicou. Estamos a falar do decreto 50/22. O último pronunciamento é este do dia 11. Nós fizemos documento a explicar com devíamos ser integrados e submetemos ao Governo nos mesmos canais. Por isso disse que não posso dizer nada em relação ao que está nas redes sociais porque não temos a confirmação, as pessoas estão a deturpar algumas informações. Para termos a certeza é termos o documento oficial”.
O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) tornou público nesta quinta-feira, 17 de Novembro, que os exames da disciplina de ciências sociais da sexta e sétima classes serão repetidos porque foram detectados alguns erros. Questionado se os professores não podiam ter verificado os erros no acto da entrega dos exames aos alunos, Teodoro Mudumbe foi parco nas palavras.
“O exame vai ser repetido porque foram notados os erros. Na nossa vida diária cometemos irregularidades intencionais ou tencionais. Neste caso se forem descobertos erros e as medidas foram tomadas para repetir os exames é que não estavam bem, então deve se corrigir. Não se pode manter os erros. O professor não pode ler o exame antes de entregar o aluno porque pode explicar aquilo que não podia explicar. A comunicação é do aluno com o enunciado”
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