Magala ainda não sabe se privatização pode “curar” os problemas da LAM

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Volvidos poucos dias depois do ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, tornar público que o Governo vai apresentar uma base sólida para a restruturação da Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), a companhia de bandeira voltou a se destacar pela negativa na segunda-feira (05), uma vez que todas as aeronaves estavam com problemas mecânicos, o que, por sua vez, culminou com o cancelamento de voos. Nesta quarta-feira, Magala reconheceu que o problema da LAM é secular e referiu que ainda não sabe se a privatização pode curar a “doença” da companhia de bandeira.

As Linhas Aéreas de Moçambique, empresa que continua a ser um fardo pesado para o Estado, encontram-se numa situação financeira bastante delicada. Recentemente, a companhia de bandeira viu-se obrigada a cancelar todos os voos porque todas as aeronaves estavam com problemas mecânicos, o que de certa forma deixou os seus clientes à beira de um ataque de nervos.

O ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, reconheceu que os problemas da companhia de bandeira já têm barbas brancas, mas ressalvou que o Executivo pretende tomar decisões que vão culminar com a resolução dos problemas de uma vez por todas.

“A solução dos problemas das Linhas Aéreas de Moçambique é uma solução que não se pode desenhar de um dia para o outro, porque o problema que a LAM enfrenta é um problema secular. É preciso que a gente entenda a história e depois faça analise objectiva, mas também integrando todos os sectores da sociedade, porque as Linhas Aéreas é bem colectivo. Precisamos ouvir as diversas forças, e baseando na informação cientifica de estudos independentes e credíveis que possam nos oferecer tomarmos uma decisão, qual é o caminho, se é que queremos resolver o problema de uma vez por todas”, declarou Magala.

A privatização tem sido apontada como uma das soluções para “resgatar” as Linhas Aéreas de Moçambique. Entretanto, o titular do pelouro dos Transportes e Comunicações mostrou reservas quando foi instado a falar da possibilidade de privatizar, tendo adiantado que o Estado tem duas opções em carteira.

“Não sei se a privatização é a cura de toda a doença. Estamos a fazer um estudo independente sobre quais são as causas e possíveis soluções Temos um relatório já finalizado. Agora temos que sentar, reflectir e engajar todos que tem uma coisa para oferecer na solução para determinarmos qual é o caminho. De um extremo naquilo que são as reformas econômicas está a privatização. Também existe a opção para a parceria Público – Privada. Todas essas opções são bem vistas dentro do contexto de quem quer realmente mudar o status da LAM”, referiu Magala.

A Air Ruanda foi cogitada como uma das soluções dos problemas da LAM durante a quadra festiva, mas o governante garantiu que o Executivo ainda não tem nenhuma informação sobre esta possibilidade e reiterou que o Governo vai anunciar uma base sólida da reestruturar a companhia de bandeira.

“Para ser honesto, não tenho essa informação, mas como sabem internamente Moçambique tem as suas linhas aéreas e outros que estão a autorizados a voar no espaço interno. Dentro destes acordos vamos continuar a promover o transporte aéreo. Nem o Governo está satisfeito com essa situação, é por isso que vamos fazer reformas. No próximo trimestre teremos uma comunicação mais efectiva de como vamos tirar as nossas linhas aéreas do estado actual, estamos confiantes que temos solução”.

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