Reprovações em massa da 10ª e 12ª classes deixam encarregados de educação revoltados.   

DESTAQUE SOCIEDADE

Pais e encarregados de educação dos alunos da 10ª e 12ª classes recentemente submetidos a exames na Cidade de Maputo, mostram-se agastados e irritados com o nível de reprovações dos seus educandos e alguns até, a ponto de alguns exigirem que os referidos exames sejam novamente corrigidos por considerarem  as reprovações injustas.   

Os últimos exames da 10ª e 12ª classes foram realizados a 09 de Dezembro último em todo o país, mas sucede que passadas duas semanas, as escolas da Cidade de Maputo disponibilizaram os resultados nas vitrinas para que possam ser consultados. Para indignação dos seus pais e encarregados de educação, mais de 50% dos alunos examinados foram reprovados.

Eva Cumbe, encarregada de educação duma aluna reprovada na 12ª classe, diz-se indignada e promete recorrer para  exigir uma nova correção da prova da sua educanda.

“Ela viu as pautas e informou-me que foi reprovada, mas eu não acreditei porque ela vinha tirando boas notas. A situação é lamentável, mas nada posso fazer, senão recorrer”, lamentava Cumbe. O sentimento de revolta repartia-se estava evidente nos rostos dos outros encarregados que não quiseram prestar declarações na Escola Secundária Francisco Manyanga.

Tomando como ponto de partida a Escola Secundária Francisco Manyanga, o director da escola Sabino Congolo disse que cerca de 970 alunos da 10ª classe foram submetidos aos exames mas, apenas 420 transitaram de classe. E nos da 12ª classe, foram no final aprovados 730 alunos sendo que mais de 1400 alunos foram examinados, correspondendo a cerca de 50% de reprovações.

“O resultado que tivemos foi o possível, não é o positivo, tendo em conta que os mesmos reflectem o que aconteceu há dois anos devido à COVID-19 ”, disse.

Já a Escola Secundária Estrela Vermelha lecciona lencionando até a 10ª classe, avaliou cerca de 1300 alunos, dos quais apenas 472 transitaram de classe, o que segundo o director da Escola, Elias Armando, “comparativamente ao ano passado, registámos uma baixa, porque muitos alunos  foram reprovados”.

Tal registo converge com o depoimento do director da Escola Secundária Noroeste 1,  Armando Rangel, quando diz que “o aproveitamento dos alunos da 10ª classe não foi bom e estamos a trabalhar neste momento no sentido de perceber quais é que terão sido as reais causas das reprovações ”.

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