Agnaldo Navalha pretende organizar uma marcha pacifica contra a onda dos raptos

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Em 2022, o crime organizado, com destaque para os raptos, voltou a exibir a sua musculatura nas principais moçambicanas. Para travar o fenômeno que tem levado muitos empresários a abandonarem o país, Agnaldo Navalha, militante do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), pretende organizar uma marcha pacifica em todo território nacional.

Depois de quatro anos e dez meses encarcerado na Penitenciaria de Máxima Segurança da Machava, sobejamente conhecida por “BO” por alegado crime de fogo posto na sequência de uma manifestação popular que decorreu no distrito de Limpopo, província de Gaza, em 2018, Agnaldo Navalha está em liberdade desde o dia 02 de Dezembro.

Preocupado com a onda de raptos que assola as principais cidades do país, Navalha pretende, com o apoio da Confederação das Associações de Moçambique (CTA), Comunidade Mulçumana e   vários movimentos da sociedade civil, organizar uma manifestação pacífica contra o fenômeno que afecta o ambiente de negócios no país.

“Neste momento estamos a criar uma fundação Agnaldo Navalha e o papel desta fundação será trabalhar com a CTA e com toda comunidade muçulmana e hindu. É estranho a onda de raptos está a andar neste país e não estamos a conseguir respostas. Quem deve dar respostas somos nós os jovens, é preciso que os jovens percebam que os raptos e sequestros fragilizam a economia de um país”, declarou Navalha.

Para elucidar os moçambicanos sobre as consequências dos raptos, o militante do MDM pretende exortar os empresários para não abrirem as lojas por 24 horas. “É estranho que todos que estão a ser sequestrados não existe nenhum negro, é estranho que entre os indivíduos sequestrados não existem nenhum moçambicano de gema. Se fazermos uma manifestação a escala nacional exortar os empresários a não abrirem as lojas que é para cada um de nós perceber oi que é ir à loja e não comprar pão”.

Por outro lado, Agnaldo Navalha referiu que a sua fundação vai procurar as autoridades da lei e ordem com vista a delinear estratégias para combater os raptos em todo território nacional.

“Vamos nos aliar ao empresariado local para entregar a nossa carta de repudio sobre esta situação. Vamos dar aquele que é nosso calor, vamos falar com o SERNIC e Comando – Geral da PRM para mostrar quais são as estratégias no nosso ponto de vista para combater este tipo legal de crime. O sequestro é igual a morte, estás a tirar dinheiro de alguém e estranho que o país até hoje não saiba onde é que o dinheiro corre”.

Refira-se que, de acordo com a Confederação das Associações Econômicas de Moçambique, a indústria de raptos movimentou cerca de 2,2 mil milhões de meticais em 2022.

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