Iniciou uma nova era na Igreja Velha Apostólica de Moçambique

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Depois do atribulado reinado Apóstolo Jaime César Matlombe, a Igreja Velha Apostólica em Moçambique abriu, no domingo, 15 de Janeiro, uma nova página na sua história.  No culto que teve mais de cinco mil fiéis, na Paroquia de Sikwama, Malaquias Massingue Júnior, filho de Malaquias Massingue, fundador da igreja, foi empossado novo líder daquela congregação religiosa ao nível da Província de Maputo e referiu que o presente ano foi consignado como o ano da aliança, tendo apelado aos apoiantes e seguidores de Matlombe para se reconciliarem com a igreja.

Em protesto contra os apóstolos ordenados em Dezembro do ano passado, a ala liderada por Jaime César Matlombe pediu à ministra da Justiça Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena Kida, para não permitir a reabertura da igreja e para revogar a licença da igreja em Moçambique bem como a declaração da sua independência da África do Sul, alegando que há fortes indícios do envolvimento da congregação no financiamento ao terrorismo.

Entretanto, Helena Kida indeferiu o requerimento de Matlombe e companhia, tendo sido a igreja reaberta de forma oficial no domingo (15). Falando à margem do culto que teve lugar na maior paroquia do país, localizada no bairro Sikwama, arredores do Município da Matola, Malaquias Massingue Júnior, que tornou público que 2023 foi consignado como o ano da aliança, apelou aos crentes da ala Matlombe para estarem no mesmo espírito de aliança.

“Nós como filhos desta igreja o que apelamos é a aliança. Consignamos 2023 como o ano da aliança. Como podem saber ainda existem alguns irmãos que não estão nesta aliança e nós estamos dentro de uma grande oração para que Deus responda os nossos apelos”, referiu Massingue Júnior para depois acrescentar que a nova direcção pretende resgatar os irmãos que estão de costas voltas com a congregação depois da destituição de Jaime Matlombe.

“No presente ano vamos apostar no diálogo com todos irmãos para entrarmos num consenso porque todos somos filhos da mesma casa onde recebemos o mesmo baptismo e o mesmo espírito santo. Sabemos qual é a essência deste conflito, a nossa igreja tem a direção máxima que é a OAC que todo mundo conhece inclusive esses irmãos, não é qualquer apóstolo entender fazer e desfazer, há processos e procedimentos a seguir nessa igreja assim como em cada casa há normas. Estamos a tentar resgatar esses irmãos e mostrar o caminho”.

A actual direcção da igreja,  composta por um grupo de seis apóstolos, uma vez que a direccao maxima da Igreja Velha Apostólica decidiu diminuir os poderes do apóstolo que lidera os destinos da igreja em Moçambique,    herdou uma divida de  17 milhões meticais da direcção cessante. Contudo, Malaquias Massingue Júnior garantiu que as dívidas não são da ala Matlombe, mas sim da Igreja Velha Apostólica em Moçambique, tendo seguidamente as comparadas com as dividas ocultas.

“Não vou dizer que a direção deixou uma dívida porque a dívida não é da direção. Se existe uma dívida é da Igreja Velha Apostólica em Moçambique que deve se erguer para poder pagar essa dívida. A dívida não é do fulano e nem do beltrano, mas sim a dívida é de todo o crente da igreja da mesma maneira que foram algumas pessoas que contrataram as dívidas e quem está a pagar é o povo moçambicano”, concluiu.

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