FGYM acusa SED de reter equipamento no Porto de Maputo há um ano

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A Federação Moçambicana de Ginástica (FGYM) acusa a Secretaria de Estado do Desporto (SED) de não estar a colaborar para o desalfandegamento e retirada do material desportivo doado pela Federação Internacional da modalidade visto que o material está retido no Porto de Maputo desde 2021 e, caso o material não seja retirado será leiloado ou destruído.

A Federação de Ginástica de Moçambique refere ter sido doado diverso material e equipamento de ginástica em causa no quadro de apoio aos países em desenvolvimento pela Federação Internacional da modalidade, com o objectivo de promover e massificar esta modalidade no nosso país. A federação diz que tal não acontece porque a Secretaria de Estado do Desporto, sendo a entidade competente para retirar o equipamento do porto ainda não o fez.

O material doado serviria para apetrechar o ginásio da Faculdade de Educação Física da Universidade Eduardo Mondlane, Ferroviário de Maputo e Escola Secundária Francisco Manyanga.

Sucede que o material, que está no país desde Outubro de 2021, e neste período acumulou multas e taxas forçando a Federação de Ginástica de Moçambique a emitir uma carta à Secretaria do Estado de Desporto (SED) e ao Fundo de Promoção Desportiva (FPD), que através do Ministério da Economia e Finanças, desembolsou mais de 500 mil Meticais, que, no entanto, não foram suficientes devido às multas de mais de um milhão de Meticais referentes ao tempo que o material está armazenado.

O presidente Federação de Ginástica de Moçambique, Obed Chivonza, disse que a sua instituição já submeteu vários pedidos junto da SED para que o material fosse reclamado, porém, todo o esforço empreendido nesta tentativa não resultado.

“Desde lá até agora, a federação tem feito contactos com a Secretaria de Estado de Desporto, tendo em vista conseguir uma fonte de financiamento. Sucede que não estamos a ser respondidos. Todas as nossas cartas até agora ainda não têm resposta”, referiu Obed Chivonza.

Chivonza disse em conferência de imprensa havida hoje, 23 de Janeiro, que o material em causa é muito caro e valioso e que caso o mesmo estivesse disponível contribuiria para a massificar da ginástica no país. Diz ainda que o material não vai beneficiar apenas à federação, e sim a toda nação, e vai mais além ao afirmar que com este material o país passaria a ser elegível a receber e organizar campeonatos internacionais de ginástica, bem como formar atletas de alto rendimento para competições internacionais.

Como tal, a federação pede ao empresariado moçambicano para que estenda a sua mão para que se encontre uma solução para este assunto tendo em conta que as entidades governamentais, sobretudo a Secretaria de Estado do Desporto, não se mostra disponível a colaborar para a reclamação deste equipamento.

“Já batemos a muitas portas, mas, até ao momento, nenhuma delas se abriu. Estamos de mãos atadas, porque nós, como federação, não temos capacidade financeira para proceder aos processos fiscais” apela Obed Chivonza.

Por fim, alertou que por causa deste cenário a imagem de Moçambique a nível da Federação Internacional de Ginástica fica manchada porque o organismo internacional investiu muito e fez muito esforço para ajudar o desenvolvimento da modalidade no país.

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