UIR e Polícia Canina impedem marcha dos funcionários do Município de Namaacha

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Foram destacadas na manhã de ontem, 25 de Janeiro, para a vila fronteiriça de Namaacha, província de Maputo, dezenas de agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) e a Polícia Canina, com objectivo de travar a manifestação pública dos funcionários do Conselho Municipal local que reivindicam o não pagamento de cinco meses de salários.

É sabido que na última terça-feira, os funcionários da autarquia de Namaacha submeteram uma carta junto às autoridades competentes comunicando a pretensão de realizar a marcha, partindo da fronteira até à vila municipal.

Porém, tal como aconteceu em outras tentativas de manifestações populares, a marcha que estava agendada para às 8horas mais uma vez foi inviabilizada pela polícia. Aliás, os agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) já estavam em prontidão em três “Mahindras” duas horas antes do início da referida manifestação.  

Chegada a hora da manifestação os agentes da Polícia de Protecção (PP), afectos ao Comando Distrital de Namaacha alertaram aos manifestantes que não se responsabilizavam com o que viria a acontecer durante a manifestação. Com estas claras ameaças e presença massiva das Forças Especiais da Polícia no local, os funcionários do município decidiram recuar temendo agressões e brutalidade características da força policial nacional.

No entanto, foi oficialmente transmitido aos funcionários que o impedimento da marcha por parte da polícia tem o objectivo de evitar que actos de vandalismo e possíveis confrontos com a polícia ocorram tal como foi em Novembro do ano passado, onde os populares quiseram linchar um agente da PRM que alvejou mortalmente um colega.

Por conta deste cenário, um dos 130 funcionários do Município presentes no local lamentou a postura da polícia e disse: “nós só queríamos marchar de forma pacífica, não queremos estragar nada”. Com isto, os funcionários dizem-se desgastados e que estão decididos a não regressar aos sectores de trabalho até que seus salários sejam pagos na totalidade.

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