Na última semana, um carro em que viajavam cidadãos moçambicanos com destino a Durban foi assaltado e em seguida ateado fogo ao mesmo. Reagindo ao facto, o Governo, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, disse já está a trabalhar com as autoridades sul – africanas com vista a investigar casos dos carros incendiados na África do Sul.
Na última semana circularam imagens redes sociais de um autocarro pertencente da emprega Majugar em chamas. De acordo com testemunhas, três pessoas teriam abordado um autocarro em que viajavam cidadãos moçambicanos com destino a Durban, na África do Sul. Segundo as pessoas que estavam no carro, três indivíduos munidos de armas de fogo teriam mandado descer todas as pessoas e, de seguida, ateado fogo ao mesmo.
As vítimas que filmaram o autocarro em chamas referiram que os malfeitores pediram 20 mil rands, ou seja, 80 mil meticais. Reagindo ao sucedido, o presidente da Comunidade Moçambicana província de Kwazulu-Natal, José Calcaudasse, declarou que não se trata de um acto de xenofobia, mas sim um acto protagonizado por criminosos.
Aliás, de acordo com Calcaudasse, a comunidade moçambicana já havia sinais de que tal ia ocorrer, dada a hostilidade que os moçambicanos residentes naquele país vizinho vivem todos os anos.
“Desde o ano passado, já sabíamos que este ano muita coisa ia acontecer, porque é o que os sul-africanos sempre disseram e sabíamos que o Governo não ia ajudar-nos”, disse sucedido, o presidente da Comunidade Moçambicana província de Kwazulu-Natal para depois lamentar a falta de apoio dos governos sul- africano e moçambicano na luta contra a onda de assaltos contra cidadãos moçambicanos naquele país.
“Tem que haver uma grande conversa entre os dois governos para que haja mais protecção nas estradas. O que está a acontecer deve-se à falta de diálogo e cooperação entre os dois governos”.
Por sua vez, o Governo, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, adiantou nesta segunda-feira, 30 de Janeiro, que já está a trabalhar com as autoridades sul – africanas com vista a investigar casos dos carros incendiados na África do Sul
“Estamos a trabalhar com África do sul. Não podia não acontecer porque é nossa responsabilidade tomar contas dos moçambicanos e evitar que os moçambicanos sejam assaltados as suas viaturas e seus bens ou furtados. Estamos a trabalhar com África do sul”, referiu a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Veronica Macamo.
Nas entrelinhas, Macamo declarou que ainda é prematuro falar dos prazos da investigação, mas adiantou que os dois países partilham o mesmo desejo, uma seja garantir a segurança dos moçambicanos naquele país
“O que aconteceu não é desejo do Governo da África do sul. O problema efectivamente é quando vai parar, é isso que nós também exigimos ao governo sul –africano”.
De referir que, por temer novos ataques, reduziu o número de viajantes que saia da Cidade de Maputo com destino a África do Sul.
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