Sector do açúcar necessita de mais de mil milhões de meticais para recuperar a plantação perdida durante a época chuvosa

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A época chuvosa, para além de ter deixado um rasto de destruição na zona sul, obrigou as açucareiras de Xinavane e da Maragra, localizados na Manhiça, a interromper a produção de açúcar, uma vez que as plantações de cana – de açúcar ainda se encontram inundadas. Recentemente, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, visitou o distrito da Manhiça para fazer uma avaliação exaustiva da situação e assegurou que são necessários mais de mil milhões de meticais para recuperar a área perdida na plantação de cana de açúcar.

De acordo com Celso Correia, 650 milhões de meticais do valor necessário para recuperar as plantações serão usados para o replantio, sendo que cerca de 350 milhões de meticais serão destinados para reposição de infraestrutura de transportes e drenagem, diques entre outras.

À margem da visita, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural confirmou que cerca de 100 hectares ainda estão inundados o que, de certa forma, será uma barreira para o alcance 2 895 366 toneladas de cana-de-açúcar que, por sua vez, corresponde a 315 000 toneladas de açúcar na presente campanha.

Com a interrupção da produção de açúcar, muitos trabalhadores temem perder os seus empregos. Contudo, Correia disse que todas as medidas serão tomadas para não prejudicar as famílias dos trabalhadores sazonais.

“Tudo faremos para que estes eventos não comprometam, não apenas a produção do açúcar e seus derivados, mas também os empregos assegurados neste sector, que remontam em cerca de 7 000 (sete mil) trabalhadores sazonais, o que afectaria o dia-a-dia de cerca de 15 000 famílias”, referiu.

Para evitar situações do gênero do futuro, o governante instou os produtores individuais, produtores industriais, a Associação dos Produtores do Açúcar, e a Distribuição Nacional de Açúcar, a juntamente com o MADER, a aprofundar a avaliação dos danos reais causados destas intempéries, e realizar uma reflexão sobre métodos de produção resilientes que possam fazer face a esta realidade no futuro.

“As mudanças climáticas vieram para ficar e os nossos métodos e abordagens devem ajustar-se à elas e nunca pensar no contrário”, declarou.

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