Os nossos governantes deviam ir “a banhos”…

OPINIÃO

Afonso Almeida Brandão

Ao longo de alguns artigos que escrevemos já expusemos o nosso ponto de vista de que o Estado Moçambicano está assente na Corrupção, na Ladruagem, namá Governação, quer de facto quer de jure.

É urgente uma subversão do Estado, uma mudança de Regime que elimine das mais altas esferas da governação “a corja” que tem destruído o nossoPaís e prepara alegremente a sua extinção e a possibilidade de Filipe Nyuse continuar à frente dos Destinos de Moçambique por mais cinco anos. Prespectiva-se, pois, UM TERCEIRO MANDATO que o seu Partido da FRELIMO de esquerda-socialista está a tentar tudo-por-tudo por conseguir.

Para que exista uma mudança de regime é necessária a convergência de diversos factores, o primeiro dos quais será uma real vontade da População de arredar a falsa democracia partidocrática de raíz pró-soviética que tem corroído Moçambique.

Sabendo que esta classe política é uma emanação do Povo e consequência de uma ausência de elites intelectuais, Sociais e Políticas do nosso País, não é líquido que exista uma real vontade do povo Moçambicano de varrer o lixo que (des)governa Moçambique.

Se não existir essa VONTADE, terá de existir, pelo menos, uma motivação fortíssima das significativas elites de Jovens formados e com Licenciatura/Mestrado em várias frente.que ainda existem, e também das eleites a começar pelos Oficiais Superiores das escassas Forças Armadas, homens e mulheres na força da vida, ainda longe das mordomias acomodatícias e da idade provecta da maior parte dos oficiais generais actuais e pró-frelimista, e para quem o nome de Moçambique, a sua Soberania e a sua Honra ainda importam.

Uma hipotética insurgência com vista a limpar o regime da Treta teria, no entanto, de ter sempre um forte apoio popular, sob pena de se ver votada ao insucesso. Temos assim a primeira forma de subversão, uma subversão conduzida pelas Forças Armadas descontentes com o rumo do País e precipitada pelas muitas ofensas directas a que as nossas Populações têm sido sujeitas ao longo dos últimos anos.POVO NO PODER? Assim seja, mas de forma ordeira, séria e convicta. Oxalá que assim seja!

Outra forma de subversão seria obtida pela desobediência civil, através da rua, aliás legitimada pela própria Ordem Constitucional Vigente, que dá o direito de resistência a acções ilegítimas do próprio Governo. A subversão por via popular, como aconteceu nas infortunadas primaveras árabes, teria de ter sempre a colaboração das Forças de Segurança, dos Militares e da População na sua generalidade. Atendendo a que grande parte dos descontentes, os mais activos, corajosos e mais qualificados, nomeadamente nas camadas mais Jovens, já emigraram ou estão em vias de o fazer, quer parecer-nos que este tipo de acção está condenado ao insucesso. Oxalá possamos estar enganados…

Ficaria assim entregue aos escassos Militares que ainda existem a substituição da Actual Ordem Constitucional e a acção que substituisse o Regime com a demolição de uma Falsa Democracia partidocrática-anedóticaque seria substituída por uma Verdadeira Democracia representativa, entregando os culpados por dezenas de anos de Governação ruinosa, corrupta e criminosaaos Tribunais, referendando a questão do Regime, e instituindo um Parlamento que fosse Eleito por círculos uninominais, para começar, já que não vemos em nenhum dos Partidos da Oposição (quer da RENAMO, quer do MDM) políticos  capazes de assumirem,neste momento,as rédeas de uma NovaGovernação para Moçambique.

Fica a questão da reacção da Comunidade Internacional e do dia seguinte à acção subversiva, que seria, certamente, muito adversa mas necessária, até porque Moçambique é uma Nação Soberana. Essa condicionante limitaria fortemente qualquer acção subversiva directa contra o Regime Actual liderado pela FRELIMO desde 1975.Estas acções são assim (ou deviam ser assim), no Moçambique de hoje, meramente hipóteses académicas. Pensamos que o nosso País não tem qualquer possibilidade de ver uma Revolução, uma Mudança de Regime por Subversão Directa sem uma Guerra Civil, o que tememsos seguramente. Qualquer mudança terá de ter atualmente outra natureza. Uma natureza mais lenta.

A forma de subversão mais realista será a obtida por Via Eleitoral, com consequente Revisão Constitucional. Terá de radicar na existência e sobretudo da aparição de Novos Partidos Políticos que capitalizem o descontentamento, a indignação dos injustiçados de Moçambique, representada pela esmagadora Maioria dos Cidadãos.Nas últimas eleições surgiram alguns Partidos interessantes desse ponto de vista. Por um lado, tivemos a RENAMO,à época, dirigido por AFONSODHLAKAMA, cujo comportamento populista, de apelo aos instintos mais básicos da populaça, como a sede de vingançacontra os criminosos,parasitas,Ladrões e Corruptos pretendendo impor medidas contra o humanismo, leva aoaborrecimento de muitos sectores da Esquerda-Socialista da FRELIMOjá de si “podre”…

Por outro lado, temos o MDM, carregadíssima de razão no que toca ao excesso de “Socialismode Esquerda” da FRELIMOno Estado Moçambicano e nos Impostos, socializados pelo Governo para beneficiar os “Capitalistas” Amigos do Regime. Os seguidores da MDM e da RENAMO actual, têm, todavia, o senão de não serem Conservadores nos costumes e na herança Cristã Moçambicana ou mesmo Muçulmana.

Tivemos também a espúria ex-aparição de um Partido como a FUMO, pró-Cristão,liderado pelo então Dr. Domingos Aroucaque acabaria por desaparecer, depois do seufalecimento.

O que é certo é que a Esquerda-Socialista da FRELIMO continuará estagnada, com os Partidos sem assento Parlamentar na Assembleia da República,a definharem e agarrados às suas faltas de programa sérios para o País, por parte dos seus diversos Fundadores. Contradições insanáveis que radicam na sua própria fundação e que ainda subsistem hoje em dia. Sem uma verdadeira base ideológica unificada que continuarão“a cavalgar” as causas minoritárias sem uma verdadeira base filosófica. Daí, o facto de já ninguém falar deles. Tudo é vago, tudo é tonto, essa indefinição e esse Oportunismo destes pequenos Partidos em que recordamos, a título de exemplo, do  atrasado mental Neves Serrano emquem ninguém passou cartão como também “àquele” Político do “Turbante Perturbante” (e primo do Dhlakama)escrito num artigo publicado no Semanário SAVANA pelo saudoso  Machado da Graça.Apesar dos afirmados princípios “caceteiros”, da RENAMO e do MDM é a grande Esperança de uma Verdadeira Subversão, mas falta muito tempo para que possa ter impacto na Política Nacional. Cremos que a sua margem de crescimento vai parar num máximo de 30% dentro de alguns anos. Mais coisa, menos coisa…

A subversão total apenas se poderá realizar com um Líder muito Inteligente, Carismático e Genuíno que ainda não surgiu no Actual Panaroma Político de Moçambique. E duvidamos que venhamos a ter nos próximos Tempos…

A História diz-nos que estes exemplos não havemos de ter tão facilmente. Mas convenhamos que apenas com homens com este calibre conseguirão subverter por dentro o podre do Sistema da Treta da FRELIMO no Poder há cinco Décadas. Deviam todos eles tirar Férias e irem “a banhos” para as praias do Bilene ou de Bazaruto.

A sugestão da IDEIA é uma “dica” e não cobramos nada por ela.

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